Governadora em exercício e candidata a reeleição, Cida Borghetti (PP) sinalizou que romperá o apoio à candidatura de Beto Richa (PSDB), que concorre ao Senado em sua chapa. Em entrevista nesta quarta-feira (12), Cida afirmou estar desconfortável com a parceria de chapa. “Eu entendo que não é possível [manter o apoio a Richa]. Não é confortável, acho que para nenhum dos lados”, afirmou.
Apesar de ter sido vice-governadora de Richa no último mandato e fazer parte da mesma coligação, Cida diz que já pediu providências para o partido para que a candidatura de Richa ao Senado não faça parte mais de sua coligação. “Nesse momento, acho que ele não vai participar [de campanha], não tem como. Se tiver indícios de que ele está realmente envolvido, a coligação vai tomar uma atitude. Ainda não houve [uma atitude], mas eu já pedi”, revelou.
A candidata, no entanto, evitou ser determinante no rompimento com Richa, e também não confirmou quais atitudes serão tomadas pela coligação do qual o PP faz parte no Paraná, junto com PSDB e com outras seis siglas – PTB, DEM, PMN, PMB,PSB, PROS. “Não sei como vai se desenrolar, já estamos conversando internamente para ver quais atitudes serão tomadas”, desconversou.
Patrulha Rural
Apesar de estar no governo nos últimos anos, Cida garante que não tem nenhum conhecimento ou participação no programa Patrulha Rural, que motivou a prisão de Richa, de sua esposa, Fernanda, seu irmão, Pepe Richa, além de três de seus assessores mais próximos, Deonilson Roldo, Ezequias Moreira e Luiz Abib Antoun. “Não, eu não tinha ideia, e esse processo é de 2012, 2013. Eu era deputada federal nessa época, então não tenho nenhum envolvimento com esse assunto lamentável”.
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