O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), rejeitou ontem a possibilidade de o acordo entre seu partido e o PMDB para eleger seu sucessor ser rompido. “Não há hipótese. Não há nenhum precedente da nossa parte de fazer um acordo e não cumprir”, afirmou Chinaglia ontem à noite, pouco antes da cerimônia de premiação das personalidades do ano da revista IstoÉ.

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O acordo prevê o apoio do PT ao candidato peemedebista, Michel Temer. “Quando eu fui candidato, fizemos um acordo. Como deputado, apóio Michel Temer, o PT apóia, mas decisão só no dia”, disse ele, sobre a disputa marcada para fevereiro. Ele lembrou, no entanto, que há muitas análises em relação à vinculação das eleições da Câmara e do Senado. “Estamos trabalhando para que o PMDB apóie Tião Viana (PT-AC), mas o compromisso da Câmara já está sendo cumprido”, reforçou.

Sobre as votações, Chinaglia lembrou que elas prosseguirão independentemente da corrida à sucessão e que hoje a Casa retomará as votações. “Vamos votar matérias importantes”, afirmou. Já a reforma tributária só será apreciada pelos parlamentares em 2009. “Alertei várias vezes o ministro (da Fazenda) Guido Mantega e o governo como um todo de que havia condições de a reforma ser votada ainda no primeiro semestre deste ano, mas aí houve uma combinação de fatores, de medidas provisórias trancando pauta, mais disputa política, que foi atrasando”, explicou.

Assim, a votação foi transferida para o segundo semestre e, mesmo assim, segundo ele, não houve tempo hábil. “Quando veio para plenário, como é uma matéria relevante, não dá para ter pressa”, argumentou, acrescentando que o novo acordo prevê a votação no início dos trabalhos de 2009.

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