O deputado Arlindo Chinaglia (SP), apoiado pelo governo para vencer as eleições à presidência da Câmara amanhã, reagiu com indignação à afirmação feita pelo vice-líder do PMDB na Câmara, Darcísio Perondi, de que o PT propôs ontem apoio à candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara. Em troca, Cunha e sua base teriam de se comprometer em apoiar um candidato petista à presidência da Câmara, daqui a dois anos.

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“Se eu for responder a cada deputado que sonha, não se sabe se foi por causa do alimento pesado à noite, eu não conduzo a minha campanha”, disse Chinaglia, ao ser questionado sobre o assunto. “Isso é mais uma tentativa inócua de tentar tergiversar. Ele não devia estar preocupado com isso. Isso não ocorreu. É óbvio que não”, comentou o deputado.

Chinaglia ameaçou ainda contar supostos segredos da campanha feita pelo PMDB para promover a candidatura de Eduardo Cunha, mas não disse exatamente ao que se referia. “Se eu fosse jogar nesse nível, eu daria publicamente informações. Proponho ao deputado Darcísio Perondi dizer na minha frente se ele me autoriza a dizer o que eu sei sobre a campanha do PMDB. Está feito o desafio”, afirmou, sem mais detalhes.

A movimentação está intensa hoje nos corredores da Câmara, onde os candidatos à presidência da Casa e líderes de partidos tentam firmar apoio na reta final da eleição, que ocorre amanhã às 18:00.

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Durante um debate que acontece neste momento na Casa, os quatro candidatos ao comando da Câmara chegaram a ficar lado a lado durante um debate, mas o tema ficou limitado a discussões sobre a reforma política.