O ministro César Borges, substituído por Dilma Rousseff do ministério dos Transportes para a Secretaria de Portos, afirmou nesta sexta-feira, 27, que, como chefe da pasta, sempre atendeu o Partido da República (PR), explicando que dava tratamento igualitário a todas as legendas.

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A alteração no ministério foi a condição dada pelo PR para que o apoio à presidente Dilma Rousseff fosse mantido. O argumento de lideranças do partido era que César Borges não os representava e não recebia membros do partido. “Essas colocações são estranhas pra mim, mas eu tenho que respeitá-las. Cada um diz o que quer”, afirmou César Borges.

Questionado se ficou algum ressentimento com o PR, Borges disse que o partido deveria responder. “De minha parte, absolutamente, porque o meu atendimento sempre foi aquele que é o normal, o republicano, o correto. Eu atendia a todos, não só o meu partido todos os partidos” disse.

Posse

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As declarações de César Borges foram feitas após a cerimônia de transmissão de cargo no ministério dos Transportes. O novo ministro, Paulo Sérgio Passos volta a comandar a pasta pela a quarta vez.

Logo após a solenidade de transmissão de cargo, Borges não quis dizer se vai permanecer no PR. “Eu sou do PR, estou no PR. Se eu vou ficar ou não vou ficar não sei exatamente, porque também não sei quais são decisões políticas do PR”, respondeu Borges, após receber o cargo do até agora titular Antonio Henrique Silveira, que foi deslocado para a secretaria-executiva da Pasta.

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O novo ministro também se esquivou de falar se o espírito do partido ao qual é filado foi pacificado com a troca. “Eu não posso falar pelo PR. Sou filiado ao PR, mas não sou dirigente. Você tem que procurar os dirigentes do PR, eu não sou dirigente do partido”, afirmou. O novo titular dos Portos reafirmou mais uma vez no dia que não ficou ressentido em ter sido substituído.

Transportes

“Se há uma coisa que tenho poupado de minha vida é ter mágoa e ressentimento. Só tenho agradecimentos. Agradeço ao PR porque há um ano e pouco teve entre outros nomes o meu nome (para indicar). Agradeço principalmente à presidenta Dilma porque há um ano e três meses confiou em meu nome como ministro dos Transportes e hoje me confia esse cargo importante do primeiro escalão. Portanto, esses são agradecimentos. Mágoa, eu não tenho nenhuma”, disse, em rápida entrevista coletiva.

Na solenidade, que não contou com nenhum integrante da cúpula do PR, César Borges afirmou que não vai haver descontinuidade de trabalho com a troca dos ministros. Ele disse que quer garantir que o setor portuário obtenha o mesmo sucesso das concessões rodoviárias e ferroviárias. Ele destacou que é preciso superar as dificuldades com os órgãos ambientais e de controle, como o Tribunal de Contas da União. “Para mim, é mais um momento vencedor da minha vida. Venho para cá trazer o meu conhecimento em todas as áreas e, se não tiver, irei aprender”, afirmou.