O pré-candidato do PSC ao Palácio do Planalto, Paulo Rabello de Castro, afirmou neste sábado, 7, que o Centrão – bloco de partidos liderado pelo DEM e composto por PP, PRB e Solidariedade – “é o blocão do medo”. O grupo de partidos é cortejado pelos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
“Eu não consigo entender para onde vai esse blocão. O blocão é o blocão do medo. As pessoas se reúnem para trocar medo. Medo do Bolsonaro ganhar a eleição, medo do Lula voltar e ganhar, medo do eleitor indeciso não ir votar nas eleições. É a reunião das bananeiras que já deram cacho”, afirmou o presidenciável ao Estado, durante o encontro estadual do PSC da Bahia, em um hotel de Salvador.
Questionado sobre a presença do deputado federal André Moura (PSC-SE) em reuniões do Centrão, Rabello de Castro disse que isso não representa a direção da legenda, mas sim o governo federal, já que o parlamentar ocupa o posto de líder do governo na Câmara.
A declaração do pré-candidato foi chancelada pelo presidente nacional da legenda, Pastor Everaldo Dias, que garantiu a manutenção da candidatura do ex-presidente do BNDES até as eleições de outubro. A postulação, disse o dirigente da sigla, será oficializada em convenção marcada para o dia 20 de julho.
Metas – Rabello de Castro aproveitou o encontro do partido na Bahia para apresentar um plano de 20 metas para um possível mandato de presidente da República. Inspirado no plano de metas de Juscelino Kubitschek, o documento promete, sem detalhar como será executado, recuperar 10 milhões de empregos, revisar a Constituição Federal de 1988, unificar impostos federais em torno do ICMS Nacional Compartilhado, reformar a previdência e o sistema político, entre outros pontos.
“Eles discutem em cima de tempo de TV e de ocupação de cargos. Quero ver conversar em cima de ideias. As minhas já estão prontas”, afirmou Rabello de Castro, novamente atacando o conjunto de partidos que forma o Centrão.
O presidenciável ainda insinuou que o pré-candidato do PSL Jair Bolsonaro copia seu plano econômico. Disse que assessores do deputado federal e militar da reserva costumam ir a eventos onde palestra para ouvir suas propostas. “É bom que eles copiem mesmo. Quem sabe assim ele (Bolsonaro) se educa”, atacou.