A Celepar (Companhia de Informática do Paraná) está desenvolvendo um aplicativo próprio na página do governo na Internet para a realização de pregões eletrônicos para compra de bens e serviços para o governo estadual. Em aproximadamente 90 dias, esse aplicativo deverá estar à disposição de órgãos estaduais e fornecedores que poderão obter informações a respeito das contas, produtos, valores pagos e também se informar sobre a planificação prévia que deverá ser feita pelos órgãos estaduais para aquisição de produtos.
Paralelamente, a Celepar colocou desde ontem a tecnologia da informação à disposição dos órgãos do governo para o cumprimento do decreto do governador Roberto Requião, que estabelece condições para a realização de licitações públicas em todos os órgãos públicos. O objetivo das medidas anunciadas pelo governador é dar maior transparência ao processo, popularizando ao máximo as informações sobre as concorrências públicas abertas pelo governo do Estado.
Inicialmente estão sendo colocadas as informações para o cumprimento do decreto e algumas licitações em andamento, informou o secretário de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira. Ele reuniu os membros do Conselho de Sistemas de Informática e Telecomunicações do Estado do Paraná (Cosit) para orientá-los sobre o cumprimento do decreto. Esses técnicos são os que atendem às solicitações de serviços de informática das secretarias e empresas do governo.
Segundo Nizan, as informações que vão entrar na página eletrônica do governo estarão disponíveis também para fornecedores que poderão se atualizar sobre as normas de credenciamento para participação das licitações públicas.
Leilão
Segundo o secretário executivo do Cosit, Nivaldo Cunha, atualmente os pregões eletrônicos estão sendo feitos através do leilão eletrônico do Banco do Brasil. ?Mas ele nem sempre está disponível quando o governo precisa?, argumentou. Com o aplicativo próprio, Cunha prevê uma redução de 30% nos custos do governo com as compras feitas eletronicamente.
Cunha destacou ainda, que a Celepar vai criar uma base de dados única, informando sobre os preços oferecidos ao Estado. ?Muitas vezes o fornecedor oferece preços diferenciados entre os diversos órgãos e isso deverá ser eliminado?, afirmou. Para que o processo seja bem-sucedido, Cunha lembrou que os órgãos de governo devem fazer um planejamento prévio sobre as aquisições de bens e serviços.