A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa aprovou ontem o voto em separado do deputado Carlos Simões (PTB) negando autorização ao Superior Tribunal de Justiça para analisar uma ação judicial contra o governador Roberto Requião (PMDB). Apenas dois deputados de oposição, além do autor, votaram no parecer do deputado Barbosa Neto (PDT), autorizando a continuidade da ação ajuizada pelo deputado Edson Praczyk (PMR) por calúnia e difamação contra Requião no STJ.
No voto, Simões disse que Requião passou uma descompostura no deputado, ao citar, durante entrevista, que Praczyk havia pedido R$ 45 mil em verbas oficiais de publicidade a um programa de rádio que apresenta em troca do voto favorável a projetos de interesse do governo. Ainda conforme o parecer de Simões, o governador agiu em defesa do bem público. O voto de Carlos Simões será encaminhado ao plenário para ser apreciado por todos os deputados.
Representação
Ontem, o deputado Barbosa Neto foi o alvo de uma representação feita pelo deputado estadual Natálio Stica (PT) ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa. Stica acusou o pedetista de ter faltado com o decoro ao declarar que "interesses escusos" estavam orientando a votação, que classificou como "negociata", do projeto do governo que pedia autorização para a compra das ações da empresa americana El Paso na Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEG).
Barbosa Neto reagiu à iniciativa do petista afirmando que irá apresentar as provas da acusação, feita durante pronunciamento na sessão da última segunda-feira, 22. "Terei a possibilidade de levar as provas à Comissão de Ética e com muito prazer. Reafirmo o que disse", revidou Barbosa Neto.
