A destituição do senador Tasso Jereissati (CE) da presidência do PSDB já começa a gerar reações negativas na ala tucana do partido ligada ao governador Geraldo Alckmin. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Cauê Macris, afirmou que a decisão de Aécio Neves de afastar Tasso a um mês do partido eleger seu novo comando é autoritária.

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“O PSDB não pertence ao senador Aécio Neves”, afirma Cauê, em nota escrita para suas redes sociais. Depois da delação da JBS, que atingiu Aécio e fez o senador mineiro se afastar temporariamente da presidência do partido, o presidente da Alesp havia defendido a saída definitiva dele do comando nacional da legenda. “Não posso aceitar passivamente agora que ele, mesmo afastado, atue desta maneira.”

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Integrante da ala denominada de “cabeças pretas” do PSDB, que defende o desembarque do partido do governo de Michel Temer (PMDB), Cauê classificou a decisão de Aécio como “equivocada, arbitrária, açodada” e disse que a destituição de Tasso vai na contramão dos princípios do partido.

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Para ele, o ato de Aécio Neves tende a acirrar ainda mais a divisão entre os tucanos, que divergem entre o apoio ao governo de Michel Temer e a escolha do novo presidente da sigla, cargo disputado por Tasso e pelo governador de Goiás, Marconi Perillo. “Ao optar por destituir o presidente interino, o senador mineiro demonstra insensatez, desrespeito com os militantes da nossa legenda e uma dose de autoritarismo”, diz a nota.