Exonerado, a pedido, do comando do Ministério da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), afirmou nesta quarta-feira, 17, que nunca teve dúvida de que retomaria o mandato de deputado federal para apoiar a recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. Na avaliação dele, sua participação na disputa é importante, pois ela representa uma “encruzilhada” entre o grupo do PMDB que apoia a presidente Dilma Rousseff e outro que é favorável ao impeachment.

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“Nunca tive dúvida de que voltaria. Só não achava que deveria publicizar para não criar expectativa antecipada”, afirmou Castro. Ele disse que, desde o começo da campanha para liderança do PMDB, ele tinha certeza de que pediria exoneração para participar do pleito. Segundo o peemedebista, como único deputado do PMDB do Piauí e como presidente estadual da sigla, não poderia deixar de participar do pleito na tarde desta quarta-feira.

Marcelo Castro confirmou que o Planalto deu aval para sua exoneração. Ele disse que comunicou seu desejo de participar da eleição do PMDB na Câmara aos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de governo) e ao assessor especial da Presidência da República, Giles Azevedo. “Comuniquei e todos concordaram com a minha decisão”, comentou. Ele ressaltou que não chegou a conversar diretamente com a presidente Dilma Rousseff.

Alvo de protestos na tarde desta quarta-feira na Câmara, Castro minimizou as manifestações e disse que não se sente constrangido. “Um homem público assume posições e isso tem consequências. E estou certo de que tomei a decisão certa”, afirmou o ministro exonerado. Neste momento, antes do início da votação, há pessoas no corredor das comissões da Câmara vestidas de mosquito Aedes aegypti e com raquetes elétricas protestando contra o ministro.

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