Castelo de Areia: Feldman promete abrir próprio sigilo

O deputado Walter Feldman (PSDB-SP) pediu ontem ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Luiz Fernando Corrêa, acesso ao inquérito da Operação Castelo de Areia, que tem anexado arquivo secreto da empreiteira Camargo Corrêa com citações a seu nome. Como a investigação corre em segredo de Justiça, Feldman vai ingressar com habeas-data por meio do qual espontaneamente oferece seu sigilo bancário, fiscal e telefônico. Ele quer uma “apuração rápida e conclusiva para que não fique nenhuma dúvida sobre seu nome, patrimônio único e inestimável de qualquer homem público”.

“Não posso ficar sob suspeita”, protestou Feldman, demonstrando indignação. “Abro todas as informações absolutamente necessárias para acelerar a investigação.” Ele suspeita que seu nome “foi misturado a outros interesses e descaminhos”. Em carta à PF, o parlamentar assinalou: “Por razões que não posso imaginar, o noticiário mais recente sobre a Castelo de Areia acabou citando meu nome. É situação inédita para quem, em mais de 25 anos de vida pública, sempre procurou se pautar pela ética e a transparência, acima de tudo.”

Feldman afirmou que jamais esteve envolvido “em qualquer processo desse tipo” e não pode ver seu nome “misturado ao de agentes públicos que escandalizam o País com atitudes impróprias”.