O ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi esteve ontem à tarde em visita à Editora O Estado do Paraná, sendo recebido pelo empresário Paulo Pimentel, a quem apresentou os novos caminhos para o Instituto Tancredo Neves (ITC), no Paraná, do qual é presidente. O instituto, fundado à época da criação do PFL, tem por objetivo fazer os ajustes das diretrizes do partido, que mostrará novos caminhos a partir do dia 16 de junho, quando solenemente será refundado em Brasília.
"É um ajustamento partidário com base na democracia, na ética, na modernidade e na competência", afirmou Cassio Taniguchi, que assume a função regionalizada do ITN, no Estado do Paraná. A reformulação do partido teve início em 2002, na ocasião da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Na época pressentimos as dificuldades no cumprimento das promessas de campanha, o que está sendo constatado agora." Com proposta clara de oposição, o PFL abre passagem para uma oxigenação, especialmente com a participação dos jovens com mais efetividade na política. "Em 2000, quando fui reeleito no segundo turno – foi a primeira vez que isso aconteceu em Curitiba -, declarei que era necessária uma modernização da massa crítica, das cabeças pensantes. Estamos firmes nesse propósito", assegurou o ex-prefeito de Curitiba.
Para tanto, o Instituto Tancredo Neves contratou forças na área econômica, política e social para desenvolver novos planos de atuação para o partido. "Na semana passada estive em Cascavel e neste final de semana estarei em Maringá. Estamos trabalhando com palestras e debates. Em junho, haverá um trabalho de formação política direcionado a jovens, em parceria com um instituto de educação política do Chile", disse Taniguchi.
Sobre futuras pretensões políticas ou possibilidades de alianças com outros partidos de oposição, no contexto de candidaturas, Taniguchi é enfático: "Falar sobre isso agora é precoce. Vamos trabalhar na reformulação do partido para então alinhavarmos possíveis alianças".
Entretanto, como homem de oposição, ele não se privou de criticar o atual governo do Estado. "Sou crítico. Há muito mais propaganda que realizações. Veja o caso da propagação da abertura de 100 mil novas empresas, por exemplo. Não se fala de quantas foram fechadas. É uma administração caótica, sem projetos novos, o que nos deixa preocupados", concluiu.