Como havia prometido após o final do primeiro turno em Curitiba, o prefeito Cassio Taniguchi (PFL) contestou ontem afirmações feitas pelos candidatos Angelo Vanhoni (PT) e Beto Richa (PSDB) no debate promovido anteontem pela TV Bandeirantes. Segundo Cassio, os candidatos fizeram uma “leitura míope” do orçamento municipal, para fazer parecer que o investimento social esteja caindo. Ao contrário do que foi dito, a Prefeitura está destinando no orçamento para 2005 um volume maior de recursos para a Saúde e Educação do que em 2004.
Na Saúde, a dotação prevista para o próximo ano é de R$ 469.703.000,00, um crescimento de 8,69% em relação a este ano, que tem gastos previstos de R$ 432.152.000,00. Na Educação, a previsão de R$ 360.455.000,00 para 2005 é 9,57% maior que os R$ 328.974.000,00 de 2004.
Cassio também contestou a acusação de que a Prefeitura esteja investindo pouco nessas duas áreas neste ano. Na Educação, onde a obrigação legal é investir 25% do orçamento anual, a Prefeitura já atingiu, em agosto, 24,22%.
Na Saúde, o percentual de 15% também está próximo de ser atingido. Só nos oito primeiros meses do ano, foram gastos 13,69% do orçamento nessa área. “Se até agosto já atingimos essas marcas, é evidente que até o final do ano vamos além do que determina a lei, pois a maior parte dos gastos acontece no segundo semestre”, afirmou.
Sobre as promessas eleitorais de redução da tarifa do transporte coletivo, disse que devem ser vistas com muita cautela. Lembrou que as planilhas do transporte coletivo são documentos públicos que sempre estiveram à disposição do vice-prefeito Beto Richa e do governo estadual. No começo deste ano, quando a tarifa foi reajustada para R$ 1,90, o governo estadual passou três meses analisando as planilhas e não apresentou qualquer pedido de alteração que permitisse a mudança no reajuste. O vice-prefeito tampouco apresentou alguma proposta para contornar o reajuste.
“É um sistema enxuto, que não tem margem para cortes, que só traz despesas indispensáveis para manter o padrão de qualidade do serviço de transporte coletivo. A única saída viável é a redução de impostos e o subsídio ao combustível, mas são medidas que dependem do governo federal”, afirmou o prefeito.
O Linhão do Emprego, de acordo com o prefeito, foi o maior projeto de geração de trabalho e renda desde a criação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), e está em plena atividade. Nesse momento, a Prefeitura está em processo de seleção de novos empreendedores que vão ocupar as vagas nos barracões empresariais.
