O ministro-chefe da Secretaria Geral de Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou na tarde desta segunda-feira estar preocupado com a possibilidade de uma queda maior nas pesquisas do candidato do PSDB Aécio Neves, atual terceiro colocado na corrida presidencial. Após reunião com representantes de movimentos sociais na Diocese de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Carvalho afirmou que o esvaziamento do candidato tucano “empobrece o processo eleitoral”. Apesar disso, Gilberto afirmou estar convicto de que a presidente Dilma Rousseff, candidata pelo PT, vencerá a eleição.
“Ele (Aécio Neves) representa um polo da política. O esvaziamento de Aécio quase antecipa o segundo turno para o primeiro”, afirmou. Gilberto criticou duramente a candidata do PSB, Marina Silva, de quem foi colega no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando era ministra do Meio Ambiente. O ministro, que tem ligações históricas com a Igreja Católica, repudiou porém as acusações de que Marina confunda religião e política. Segundo ele, o problema com a ex-ministra é outro. “Acompanhei a Marina como ministra e sei bem o alcance e o limite dela, como a dificuldade de tomar decisão e de enfrentar as decisões. Sou insuspeito porque a defendi no governo pois sabia da importância do carisma dela no governo. Agora, como administradora, devo ser honesto em dizer que foi muito ruim. Acho que não é uma pessoa indicada para ser presidente do Brasil neste momento de crise, sobretudo com o programa que está apresentando que, se fizer as contas, ou deixa uma dívida enorme para o País ou vai cortar benefícios porque as contas não estão fechando”, avaliou.
O ministro disse respeitar e ter carinho por Marina. “Porém, em uma análise bem fria, sei das deficiências graves (da ex-ministra) na tomada de decisão e na hora de implementar (as decisões) praticamente delegando para outras pessoas, que passaram a mandar no ministério e não ela”. Gilberto destacou que Marina segue crescendo nas pesquisas, mas ainda existem quatro semanas de campanha pela frente e o PT tem sua militância. Segundo ele, serão feitas em todo País cerca de 200 plenárias conduzidas por ministros, funcionários do governo e militantes do partido. O ministro informou ainda que na reta final das eleições o ex-presidente Lula deve entrar com mais força na campanha.