Quatro deputados federais eleitos que lideraram a votação em São Paulo e no Rio tiveram votos suficientes para levar oito outros candidatos para o Congresso de carona. Eles foram os únicos do País a registrar mais votos que o necessário para não somente se eleger, mas também, sozinhos, levar ao menos mais um colega de partido ou coligação para Brasília em 2015. São eles: Celso Russomanno (PRB) e Tiririca (PR), em São Paulo, e Jair Bolsonaro (PP) e Clarissa Garotinho (PR), no Rio.

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Russomanno, sozinho, teve votos suficientes para eleger outros quatro candidatos do seu partido. Isso acontece porque o número de cadeiras que cada partido ganha por Estado depende do número total de votos da coligação em que ele participa. Em São Paulo, são 70 cadeiras para serem distribuídas de acordo com os 21 milhões de votos válidos para deputado federal. Ou seja: cada 300 mil votos significam um candidato eleito para cada coligação.

Como Russomanno teve 1,5 milhão de votos, ele sozinho elegeu outros quatro candidatos do seu partido, que não se aliou a nenhum outro nas eleições para a Câmara. Entre eles está o cantor sertanejo Sérgio Reis, que recebeu 45 mil votos – o que dá apenas 15% do quociente necessário para eleger um deputado federal em São Paulo. O último candidato eleito da lista do PRB foi Fausto Pinato – ele teve só 22 mil votos, ou 7% do quociente.

Tiririca vai levar com ele outros 2 deputados do PR, que também não se coligou com ninguém em São Paulo. Entre eles está o Capitão Augusto, policial militar que tentou fundar o Partido Militar Brasileiro (PMB), mas não conseguiu assinaturas suficientes.

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Bolsonaro e Clarissa Garotinho conseguiram, cada um, eleger um colega. No caso de Bolsonaro, quem vai com ele para Brasília é de outro partido da coligação – Fernando Jordão (PMDB), que recebeu 47 mil votos dos eleitores fluminenses.

Distribuição

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Dos 513 deputados eleitos que vão compor a nova Câmara, só 36 receberam votos suficientes ao menos para se eleger sozinhos, sem depender do partido – os quatro grandes puxadores de voto entram nessa conta. Como a maioria deles também recebeu pelo menos um pouco a mais que o quociente, esses votos também entram na conta da coligação na hora de calcular as outras cadeiras. São eles que ajudaram os outros 467 a serem eleitos – além, é claro, dos votos nas legendas e nos candidatos que foram menos votados de cada coligação e acabaram não eleitos.