O presidente do PDT, Carlos Lupi, elogiou nesta terça-feira, 31, a possibilidade do PSB indicar o nome do ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) como vice na chapa de Ciro Gomes, pré-candidato do partido à Presidência. Isso porque Ducci se dispôs a ser o vice, caso o PSB decida apoiar Gomes na eleição presidencial.
“Se for o nome que o PSB quiser, é um ótimo nome”, disse Lupi. O nome que vinha sendo cogitado até então era o do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB). Nesta terça-feira, ele reafirmou que será candidato ao governo de Minas Gerais e que não considera mais a hipótese de ser candidato a vice-presidente. Pelo Twitter, o mineiro afirmou que essa é sua “decisão final”.
O próprio presidente do PSB, Carlos Siqueira, confirmou que Ducci se colocou à disposição para ser o nome indicado pelo partido para vice na chapa tanto do PDT como do PT. “Luciano Ducci se dispõe ( a ser vice) se for o caso de apoiarmos um dos candidatos”, disse Siqueira. “As três hipóteses são apoiar Ciro Gomes, apoiar PT ou não apoiar nenhum dos dois e indicar o rumo, com um documento político. Não pode apoiar Bolsonaro, por exemplo. Quem fizer isso, deve ficar como dissidente, não como orientação partidária”, afirmou após participar de reunião, em Brasília, com dirigentes de PT, PCdoB e PDT.
Lupi tem tentando mostrar mais otimismo sobre a possibilidade do PSB decidir pelo apoio a Ciro Gomes, apesar das investidas do PT, de Gleisi Hoffmann. “Dentro do grupo que comanda hoje o PSB você tem as três vertentes, mas majoritariamente (eles) preferem a candidatura do Ciro”, disse Lupi.
Ele afirmou que o único foco de resistência a uma aliança entre PDT e PSB continua vindo de Pernambuco, onde os socialistas defendem acordo com o PT, que almeja lançar a deputada Marília Arraes ao governo do Estado. “Acompanhem mais Pernambuco, se transformou num centro de captação da decisão (do PSB), mas cada vez mais Pernambuco está mais isolado”, afirmou.
Lupi, Siqueira e as dirigentes de PT, Gleisi Hoffmann, e PCdoB, Luciana Santos, se reuniram hoje na sede do PSB, em Brasília, para discutir as opções para o “campo da esquerda” nestas eleições. ” O que gente já está em mente é ter um programa mínimo comum para o segundo turno. Então a gente já começa a discutir isso agora: o que é que a gente pensa de melhor para o País que todos nós (PT, PDT, PCdoB e PSB) podemos defender como plataforma no segundo turno”, explicou Lupi.