O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) disse na noite desta terça-feira, 29, que foi seu pai, Jair Bolsonaro, quem postou nas redes sociais o vídeo no qual o presidente é comparado a um leão atacado por hienas – sendo uma delas o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente afirmou que a publicação do filme foi “um erro” e pediu desculpas. Embora tenha assumido a responsabilidade pelo episódio, Bolsonaro declarou que o vídeo “apareceu” e ninguém de sua equipe percebeu “com atenção” os símbolos ali contidos, os quais indicavam que as hienas são, além do Supremo, a ONU, o PSL, partidos de oposição e a imprensa, entre outros.

“O Presidente pediu desculpas sobre a publicação do vídeo QUE ELE MESMO O FEZ”, escreveu Carlos no Twitter. “Qualquer um que tente plantar uma narrativa contrária age de ma fé e com interesses terrivelmente anti-republicanos. Para bom entendedor meia palavra basta!”. A grafia original do texto de Carlos foi mantida.

Ao ser questionado sobre a polêmica, antes da postagem de Carlos, o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, disse não ter assistido ao vídeo. Afirmou, porém, que quem o publicou “tem acesso às redes sociais dele (Bolsonaro)”. Mourão não citou o nome de Carlos. “Não sei quem foi. Obviamente, ele (presidente), quando viu, tirou”, comentou o general, em referência ao fato de o filme ter sido apagado duas horas depois de sua publicação.

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“Sem problema algum admitiria que teria sido eu!”, escreveu Carlos no Twitter. “Como não foi, sejamos inteligentes diante das falas feitas no JN e quais propósitos teriam diante da conhecida “CPMI das fakenews”!”.

A repercussão negativa do vídeo surpreendeu Bolsonaro que, antes mesmo de mandar retirar o filme do ar, entrou em contato com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, para se retratar e avisar que o conteúdo da postagem seria apagado.

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