O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu nesta quarta-feira, 04, as críticas feitas pelos dois principais adversários da presidente Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à reeleição, no pleito deste ano na área de segurança pública. Cardozo classificou as declarações do ex-governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos – que ontem apontou que o governo federal era “omisso” e disse que não se pode dar atenção ao tema apenas nos grandes eventos internacionais -, de “injustas” e carregadas de razões “eleitoreiras”.

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“Ele próprio (Campos) me recebeu várias vezes para discutir o programa de segurança”, contra-atacou o ministro da Justiça, referindo-se ao período em que o pré-candidato do PSB a presidente esteve à frente do governo de Pernambuco e era aliado de Dilma. “E nós o apoiamos.” Cardozo apontou ainda que a administração federal enviou as Forças Armadas para garantir a segurança durante uma greve da Polícia Militar (PM) no Estado. “Acho que as críticas são mais por razões eleitorais do que por convicção, porque ele sabe que não foi assim quando ele foi governador”, concluiu.

Também coube a Cardozo blindar a gestão federal de artilharia lançada pelo pré-candidato a presidente Aécio Neves, que também acusou uma “omissão criminosa” na política de Segurança Pública do País. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo” nesta quarta-feira, Cardozo reagiu e, referindo-se a Aécio, disse que “quem não tem argumentos manipula dados”. “Eu gostaria de fazer debate sobre Segurança Pública de alto nível, mas as críticas feitas pelo senador são críticas rasteiras e superficiais, que demonstram ausência de proposta e erro nas críticas”, afirmou.

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Sobre as acusações de que o Poder Executivo federal não tem plano de segurança para o Brasil, o ministro rebateu afirmando que “é uma pena” que Aécio não saiba que o “plano-piloto deste programa está em Alagoas, Estado mais violento do País, governado pelo PSDB”. Cardozo disse ainda que o governador Teotônio Vilela (PSDB) “agradece a parceria com o governo federal que permitiu a queda da violência local em 21%”. O ministro ironizou: “Se o senador Aécio estivesse no Senado nas inúmeras vezes que estive lá falando sobre o programa de Segurança Pública, poderíamos ter debatido o tema. Talvez, ele não saiba o que está sendo feito pelo governo federal porque não estava lá”.