A decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negar a extradição do italiano Cesare Battisti foi correta, legal e deve ser respeitada pela Itália. Foi o que afirmou hoje o ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, para quem a medida pode não ter agradado a todos, mas obedece fielmente a todos os tratados entre as duas nações.

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Segundo o ministro, a “afetuosidade” e as boas relações internacionais entre Brasil e Itália não serão abaladas, apesar do desgaste causado pela questão. “É evidente que, como qualquer decisão que se pratique na vida, há aqueles que gostam e os que não gostam, os que aplaudem e os que não aplaudem. Acho natural”, disse, referindo-se à decisão de Lula de manter Battisti em solo brasileiro, apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter autorizado a extradição dele, condenado por assassinato na Itália.

Cardozo também defendeu a decisão de seu antecessor, Tarso Genro, que, à frente do Ministério da Justiça, concedeu o status de refugiado político ao italiano. Para o atual ministro, a posição do Brasil em relação ao tema é totalmente legal. “Eu tenho absoluta convicção de que a decisão que o presidente Lula tomou em relação a Battisti foi uma decisão fundada rigorosamente na ordem jurídica brasileira”, disse. A negativa da extradição de Battisti foi duramente criticada pela Itália e, hoje, o Parlamento Europeu também pediu ao Brasil que “revise” a decisão.

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