O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, na noite desta terça-feira, 7, em um encontro que não estava previsto em nenhuma das agendas das autoridades. O ministro chegou ao STF pouco antes das 21h e o encontro durou quase uma hora, na presidência da Corte.

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A reunião acontece em meio à expectativa de que a presidente Dilma Rousseff anuncie o nome do novo ministro do STF, que substituirá a cadeira deixada vaga pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado. Cardozo é um dos consultados pela presidente no processo de escolha de ministros do Supremo, além do advogado e ex-deputado pelo PT Sigmaringa Seixas. Lewandowski também tem interlocução com o Planalto e a presidente costuma consultá-lo antes de fazer as indicações.

Ao deixar a Suprema Corte, o ministro da Justiça negou que ele e Lewandowski tenham tratado sobre a indicação do novo magistrado. “Não tem nome nenhum não. Estamos aguardando, vamos ver na hora certa a coisa vai acontecer”, disse Cardozo, acrescentando que esteve no STF para tratar de um convênio que será assinado entre a Polícia Federal (que é subordinada ao Ministério da Justiça) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido por Lewandowski.

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Perguntado sobre se a presidente já escolheu um nome, Cardozo negou. “Quando tiver escolhido, a presidente me comunica, claro, e anuncia. Está para sair (o nome), vamos ver.” O ministro da Justiça chegou ao Supremo menos de uma hora após a saída do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão, um dos cotados para a vaga. Segundo Salomão, a visita à Corte foi para tratar com Lewandowski sobre a regulamentação do uso da mediação no Judiciário.

Ontem, fontes do governo e do Judiciário davam como certa a indicação ainda nesta terça-feira. No entanto, há uma nova previsão, de que o anúncio aconteça entre amanhã e quinta-feira porque a presidente embarca para o Panamá na sexta-feira, onde participará da VII Cúpula das Américas.

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A saída do ministro Pepe Vargas da Secretaria de Relações Institucionais, anunciada no fim do dia, é apontada como um incidente que teria tirado a atenção da presidente Dilma Rousseff na escolha do novo ministro do Supremo. Na lista de cotados estão os ministros do STJ Mauro Campbell, Herman Benjamin, Benedito Gonçalves e Salomão; o jurista Luiz Fachin, do Paraná; o presidente da OAB, Marcus Vinícius Coêlho; o advogado Clèmerson Clève e o tributarista Heleno Torres.