O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou nesta quarta-feira, 15, que o Brasil tem R$ 2 bilhões em recursos desviados do País em processo de recuperação por meio de cooperação internacional. O valor, segundo ele, corresponde ao bloqueado em diversos países em casos de corrupção e lavagem de dinheiro. “Não basta investigar, é necessário punir os autores dos atos ilícitos e recuperar os recursos que foram desviados dos cofres públicos”, disse Cardozo.

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Ele assinou nesta manhã um acordo de divisão de bens com a Suíça formalizando a repatriação de aproximadamente R$ 60 milhões oriundos da deflagração da Operação Anaconda, que investigou o ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos. Com o valor repatriado da Suíça neste caso, o Brasil já soma R$ 500 milhões recuperados. Além do já recuperado, há R$ 2 milhões bloqueados que, segundo Cardozo, aguardam os trâmites jurídicos definitivos.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, participou da cerimônia para oficializar a repatriação do dinheiro e destacou que o caso representa “um marco na luta contra a corrupção e lavagem de ativos”. O dinheiro, segundo o procurador, está “em processo de vinda” para o Brasil. “Essa união duradoura entre nossos países para fim de investigação, persecução penal e demais medidas permitiu o efetivo confisco dos valores que hoje estão sendo internalizados”, disse Janot.

O embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, destacou que a Suíça optou por devolver a integralidade dos valores confiscados ao Brasil, quando poderia enviar a metade dos recursos. “No presente caso, a Suíça julgou ser apropriado uma restituição integral, levando em conta que os fundos eram provenientes da corrupção que prejudicou o Estado brasileiro”, disse o embaixador suíço.

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