Impedido por lei de fazer campanha, o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, começa nesta sexta-feira, 7, uma série de caravanas pelo Estado para se manter em evidência até julho, quando começa formalmente a disputa eleitoral.

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O temor de que as caravanas configurem campanha antecipada, no entanto, tem desafiado a criatividade da equipe de Padilha e das autoridades das cidades por onde ele vai passar.

Na segunda-feira, 3, a Câmara Municipal de Igarapava aprovou a toque de caixa o decreto legislativo que concede ao ex-ministro o título de Cidadão Igarapavense. A entrega da honraria, às 9 horas de amanhã, será a primeira atividade da pré-campanha de Padilha depois de atravessar a ponte que divide São Paulo de Minas Gerais, na qual antepassados seus combateram pelos paulistas na Revolução de 1932.

O decreto, aprovado por unanimidade, é vago ao justificar a homenagem “pelos relevantes serviços prestados” e “pela atuação exemplar na vida pública”. “Como ministro, ele prestou relevantes serviços a Igarapava”, explicou o presidente da Câmara, argumentando que na gestão dele foram construídas “duas ou três Unidades Básicas de Saúde e um Centro de Especialidades Odontológicas”.

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Três dias

Até esta quinta, 6, a equipe de Padilha tinha em mãos apenas a programação dos três primeiros dias da caravana, que visitará 13 cidades em uma semana. Nesta sexta à noite, ele estará em Ribeirão Preto, onde se encontrará com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em jantar oferecido pelo empresário do agronegócio Maurilio Biagi – cotado para ser seu vice – em um luxuoso hotel da cidade.

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Neste sábado, 8, Lula e Padilha estarão com militantes do PT. Em Campinas, ponto final da caravana, Padilha será recebido na Faculdade de Medicina da Unicamp, onde se formou.

As viagens serão feitas a bordo de um moderno ônibus que tem facilidades como mesa de reuniões e acesso sem fio à internet. Para evitar problemas, o ônibus não terá o vermelho nem as estrelas do PT.

O segredo sobre o veículo é guardado a sete chaves. Segundo uma fonte, a pintura foi inspirada na bandeira de São Paulo. Fabricado no Rio Grande do Sul, o ônibus custou R$ 600 mil em 24 parcelas ao PT paulista, que deve desembolsar outros R$ 150 mil mensais com despesas de locomoção, hospedagem e alimentação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.