O PT e o PMDB do Paraná estão participando das articulações nacionais internas para a sucessão presidencial do próximo ano. O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, estará hoje em Brasília para a reunião do diretório nacional, que decidirá sobre a realização de prévias para escolher um candidato a presidente na eleição do próximo ano. Já o presidente estadual do PT, deputado André Vargas, vai a São Paulo para o encontro do campo majoritário – a tendência Unidade na Luta – que começa hoje a compor a chapa para a eleição do diretório nacional, em setembro. Vargas vai levar os nomes do grupo no Paraná para integrar a chapa encabeçada pelo atual presidente, José Genoino.
Dobrandino vai a Brasília com a expectativa de que seja marcada a data de realização da prévia do PMDB. Para o dirigente peemedebista, essa decisão consolidaria o projeto de candidatura própria do partido à sucessão presidencial. E abriria a possibilidade de o governador Roberto Requião apresentar seu nome ao exame do partido para concorrer à presidência da República. "Na discussão da candidatura própria, vai estar com certeza o nome do Requião. Se ele vai ser candidato, não sei. Mas que o nome dele vai estar lá, vai. Porque é um nome para ganhar eleição", afirmou o presidente do PMDB.
Dobrandino vai defender a tese da candidatura própria ao governo. Ele entende que o partido precisa marcar posição para não ficar na condição de suporte do PT ou de qualquer outro palanque com candidato próprio nas eleições presidenciais de 2006.
No PT, por enquanto, as energias se voltam para a disputa interna. Vargas vai levar como sugestão do Paraná para integrar a chapa de Genoino os nomes do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, do diretor geral de Itaipu, Jorge Samek, da secretária executiva do Ministério de Ação Social, Marcia Lopes Carvalho, e dos deputados Irineu Colombo e Luciana Rafagnin.
No próximo sábado, dia 21, acaba o prazo de inscrição das chapas para a eleição ao diretório nacional do PT. Além de Genoino, estão na disputa o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont, pela corrente Democracia Socialista, Walter Pomar, pela Articulação de Esquerda, Maria do Rosário, pelo Movimento PT, e Plínio de Arruda Sampaio, apoiado por grupos e tendências da esquerda do partido.