Candidatura de Gustavo não tem consenso no PFL

A gestação da candidatura do deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) ao governo do Estado ainda não tem o apoio entusiasmado de setores do PFL. O vice-presidente estadual do PFL, deputado Durval Amaral, disse que o compromisso do PFL é com as candidaturas ao governo dos senadores Osmar Dias(PDT) ou Álvaro Dias (PSDB) e que o nome de Gustavo não consta do pré-acordo de formação da frente de oposição para a sucessão estadual.

Amaral ressaltou que, por enquanto, ainda não houve uma discussão interna na executiva estadual sobre a possibilidade da candidatura de Gustavo. Mas,  pessoalmente, considera que o apoio do PFL ao PSDB está condicionado à candidatura de um dos senadores. "Esse compromisso não vale para o Gustavo. Esse é um problema do PSDB. O PFL não vai a reboque do PSDB", disse.

Amaral comentou ainda que não tem certeza de que o PSDB vá levar em frente a candidatura de Gustavo, em caso da desistência de Osmar em ser candidato, ou da recusa de Alvaro em disputar o governo se o irmão se retirar do processo. "Existem caciques na política do Paraná que não têm interesse em que surja uma nova liderança. Querem manter o feudo", afirmou o deputado.

Tempo

Para o dirigente pefelista, diante de uma opção diferente ao acordo inicial, o PFL terá que estudar novamente o terreno para se posicionar no quadro da sucessão estadual. "Vamos aguardar a definição do Osmar e do Alvaro", disse o vice-presidente estadual do partido.

Amaral explicou que sua posição sobre a possível candidatura de Gustavo não reflete nenhuma avaliação prévia sobre o potencial eleitoral do tucano."Todo candidato que ousar enfrentar o governo Roberto Requião tem chances de ir ao segundo turno. Mas é preciso ter a ousadia", comentou.

Os pefelistas desconfiam que a aparente indefinição dos senadores Alvaro e Osmar nada mais é do que uma estratégia para escapar ao tiroteio do Palácio Iguaçu. Conforme essa leitura, os irmãos estariam protelando a decisão sobre quem será o candidato para não entrar na linha de tiro do PMDB, que segundo Amaral, costuma ser fatal. Por essa lógica, os senadores estariam preocupados com a passagem do tempo por acreditarem que têm força eleitoral para fazer uma campanha em sessenta dias, sem prejuízos.

Fragilidade

Ao mesmo tempo em que a estratégia pode estar funcionando no sentido de confundir os alvos do governador Roberto Requião, candidato à reeleição, a demora dos irmãos vai fragilizando a frente, observou Amaral. "Nesse momento, somos um barco à deriva, em alto-mar. Quando não se tem uma diretriz, começam as deserções", analisou o vice-presidente estadual do PFL.

Amaral disse que o PFL, assim como o PSDB, não podem esperar até junho para ter uma posição dos irmãos Dias. Mas, ressalvou, se tudo der certo, com Alvaro ou Osmar na cabeça de chapa, o PFL não teria problemas em abrir mão de uma candidatura a vice-governador para outros partidos da frente de oposição. "Nós acreditamos na frente de oposição. Para se consolidar, tem que ser o Osmar ou o Alvaro", declarou.

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