Candidatos não comentam quebra de sigilo na TV

Em dia de Feriado da Independência, os partidos deixaram de lado o episódio da quebra de sigilo e vazamento de dados da Receita Federal. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, utilizou praticamente todo seu tempo do horário eleitoral gratuito exibido na tarde de hoje (7) para destacar a gravidade do problema do crack no País e propor soluções. Já José Serra, do PSDB, aproveitou a data cívica para dar um tom positivo ao programa tucano, citando o “sonho da independência” e dizendo que “as cores da pátria amada são as cores de Serra”.

Entre as propostas contra o crack, Dilma incluiu o reforço das ações do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e a ampliação para o País da experiência do Rio de Janeiro com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que ajudou “a mudar o dia-a-dia em muitos morros cariocas”. O programa petista apresentou depoimento de moradores e lembrou que as UPPs já foram instaladas em 12 comunidades cariocas.

Canoas, na Grande Porto Alegre, foi mostrada como exemplo de boa atuação do Pronasci, programa criado em 2007 e que hoje atua em 174 municípios do País. De acordo com a propaganda petista, a taxa de homicídios na cidade caiu 25% após a adoção do programa. Dilma prometeu que, se for eleita, vai ampliar o Bolsa Formação de Policiais, fortalecer a Polícia Federal e reforçar o policiamento nas fronteiras.

Serra afirmou que a luta pela independência do País serviu para que hoje se possa “garantir a todos os brasileiros que construam sua vida”. A inserção tucana lembrou a atuação de Serra como ministro do Planejamento (quando contribuiu para obras nos setores de energia, habitação, transporte e emprego), ministro da Saúde (criação dos medicamentos genéricos), prefeito de São Paulo (Bilhete Único) e governador paulista (expansão do metrô, entrega de 60 mil moradias populares, ampliação de escolas técnicas e saneamento nas cidades do litoral). “Um governante testado nas urnas e aprovado pelo povo”, enfatizou a locutor.

As críticas a Dilma foram reservadas ao fim do programa. Para mostrar que “Dilma tenta enganar o eleitor”, foram apresentadas imagens de prédios públicos visitados pela campanha da petista que não estariam prestando bons serviços – um hospital na Bahia que não teria médicos e uma biblioteca em Brasília que estaria fechada há seis meses.

O programa de Marina Silva, do PV, ensinou ao eleitor como montar um comitê domiciliar, a chamada Casa de Marina, por meio das instruções do site de campanha e pediu doações pela internet. “Vamos mudar o jeito de fazer política no Brasil”, disse a candidata.

Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, também aproveitou o feriado para lembrar os ideais de um país independente. “Independência é quando o povo manda”, decretou. Rui Costa Pimenta, do PCO, afirmou que a Petrobras é um “símbolo brasileiro contra a espoliação estrangeira”. Zé Maria, do PSTU, disse que os bancos estrangeiros e nacionais controlam o País e defendeu “uma segunda independência”, com a estatização das multinacionais.

Eymael, do PSDC, prestou homenagem aos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Levy Fidelix, PRTB, afirmou que “os três ou quatro” candidatos que “pesquisas fajutas” colocam à frente na disputa eleitoral não vão mudar a vida do povo. Ivan Pinheiro, do PCB, elogiou Cuba por seus “índices de qualidade de vida”.

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