Três candidatos a deputado federal no Paraná já gastaram mais de R$ 1 milhão na campanha até agora, de acordo com o que foi informado na segunda prestação de contas parcial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Disparado na frente, aparece o candidato Wilson Picler (PDT), com mais de R$ 2,4 milhões investidos. A maior parte desses recursos, declara o candidato, é proveniente de recursos próprios, sendo apenas R$ 100 mil vindos de pessoas jurídicas e outros R$ 2 mil de pessoas físicas. Do total gasto por Picler, mais de R$ 1 milhão foi descrito como “despesas diversas”.
Os dois outros maiores gastos dizem respeito a materiais impressos (cerca de R$ 366 mil) e doações feitas a outros candidatos ou comitês financeiros (R$ 369 mil).
No PDT, o teto estabelecido como previsão de gastos durante a campanha toda, para cada candidato do partido, é de R$ 6 milhões. O segundo e o terceiro lugar de gastos entre os candidatos a deputado federal são de dois candidatos do PMDB: Marcelo Almeida e Odílio Balbinotti.
Almeida declara que o total de suas receitas, R$ 1,7 milhão, é proveniente de recursos próprios. O maior gasto do candidato foi com despesas de pessoal, num total de mais de R$ 348 mil.
Na prestação de contas de Balbinotti, R$ 560 mil foram pagos a serviços de publicidade com materiais impressos e, da mesma forma como os outros campeões de gastos, Balbinotti também justifica a maior parte da sua arrecadação como vindos de recursos próprios.
Outros candidatos ainda não gastaram tanto assim, mas a arrecadação declarada já chama a atenção, como Luiz Carlos Hauly (PSDB), com receita de R$ 1.037.569,66, dos quais apenas R$ 218 mil foram gastos até o início do mês.
Outros nomes com maiores arrecadação entre os candidatos a deputado federal são André Vargas (PT), com R$ 546 mil; Cida Borghetti (PP), com R$ 497 mil e Reinhold Stephanes (PMDB), com R$ 425 mil.
Entre os candidatos a deputado estadual, um dos que mais tiveram despesas com a campanha foi Ney Leprevost Neto (PP), o único que ultrapassou os R$ 500 mil.
Cerca de R$ 169 mil foi investido em publicidade em jornais e revistas e outros R$ 149 mil em eventos de promoção da candidatura. De receita, Leprevost já tem mais de R$ 1,14 milhão, dos quais praticamente a totalidade foi recurso doado por pessoas físicas.
Apenas R$ 100 mil foi declarado como sendo recursos investidos pelo próprio candidato, além de R$ 36.800 doados por pessoas jurídicas. Muitos candidatos declararam ter gasto R$ 0,00, o que não significa que não tenham tido despesas.
Alguns comitês financeiros optaram por detalhar gastos apenas no fim do período eleitoral. Foram 435 candidatos a deputado estadual e 215 candidatos a deputado federal que prestaram contas ao TSE até o último dia 3. Outros 220 candidatos a deputado estadual e mais 123 candidatos a deputado federal não entregaram a declaração de quanto arrecadaram e quanto gastaram.
A Justiça Eleitoral não prevê punição para quem deixa de fazer a prestação de contas parcial, vista como mais um elemento para que os eleitores possam analisar seus candidatos. A prestação de contas final tem que ser entregue pelos candidatos que disputam todos os cargos dessas eleições até o dia 2 de novembro.