O debate no Espírito Santo se resume a quem é capaz de dar continuidade ao que foi feito nos dois mandatos do governador Paulo Hartung (PMDB), que assumiu um Estado falido e o entregará saneado, organizado administrativamente e com R$ 1 bilhão ao ano para investir com recursos próprios. O grande desafio é resolver os problemas da área social, principalmente na segurança pública, que levou o governo capixaba à ONU por desrespeito aos direitos humanos. Neste contexto, Renato Casagrande (PSB), que segundo o Ibope tem cerca de 60% das intenções de voto, e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), com aproximadamente 18%, buscaram colar as imagens nas conquistas já obtidas enquanto tentavam convencer o eleitorado de que são capazes de manter o projeto de Hartung, mas com os avanços sociais desejados pela opinião pública.
Renato Casagrande elogiou a estrutura legal que existe para atração de investimentos, que tornaram o Espírito Santo capaz de competir com outros estados da federação, destacando que isso está trazendo benefícios sociais com o que chamou de “rede de proteção”, garantindo que vai alocar mais recursos e avançar na construção dessa rede, com escolas, centros de referência à juventude e ao idoso, atenção primária à saúde e prevenção das drogas.
Luiz Paulo, por sua vez, é pouco conhecido pelo eleitorado do interior, e fez questão de frisar suas qualidades de administrador (foi prefeito de Vitória por dois mandatos, tendo sido eleito à época com o apoio de Hartung). De uma maneira geral, foi um debate morno, de dois candidatos que se mostraram nos últimos anos parceiros do atual Governo, e agora buscam encarnar – e convencer o eleitor – de serem “o cara” para seguir o barco no rumo certo.