Tema da moda na campanha presidencial por conta da candidatura de uma ex-ministra da área, Marina Silva (PV) a questão ambiental também merece atenção dos aspirantes ao governo do Paraná. Nesta edição, saberemos as propostas dos três principais candidatos para a preservação dos solos, das matas e águas do Estado.

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OSMAR DIAS – 12 PDT

Incentivos a quem preserva.

Esse é o objetivo do nosso plano de governo para minimizar os problemas ambientais do Paraná e promover uma cultura preservacionista no nosso estado.

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Vamos criar uma política de benefícios para produtores rurais com ações ambientalmente positivas. Os incentivos serão uma linha de crédito especial, para investimentos em conservação e produtividade, e assistência técnica gratuita através dos órgãos de estado, como a Emater.

Em troca, os produtores terão que seguir parâmetros como preservar matas ciliares, fontes de água e o solo, manter a reserva legal, recolher resíduos sólidos, aproveitar água da chuva, usar fossa séptica e usar um abastecedouro, que evita a contaminação dos rios. Já nas cidades, a grande preocupação é com os rios mortos nas grandes cidades e com o aterro sanitário da Caximba, que atende Curitiba e municípios vizinhos.Vamos ampliar a rede coletora de esgotos na RMC para 75% dos domicílios em quatro anos, bem como criar corredores de preservação dos corpos d`água, através da criação de parques lineares, regularização e realocação de famílias.

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Recuperar as matas ciliares e implantar o programa de educação ambiental junto à sociedade. E adotar o Programa de Proteção Contra Cheias através da melhoria da drenagem e programa de desassoreamento dos rios urbanos.

Na questão do lixo, a solução do problema deverá ser a construção de quatro novos aterros, modernos, na região metropolitana. Se fossemos nos basear pelas práticas de Curitiba, estaríamos perdidos.

A capital ecológica do Brasil está despejando chorume nos nossos rios e não conseguiu resolver o problema da Caximba, que será fechada em novembro, sem alternativas para a coleta de resíduos.

Sobre o novo Código Ambiental, me coloquei contra o projeto. Participei de todas as reuniões do grupo de trabalho que debateu uma proposta com os ministros Reinhold Stephanes e Carlos Minc, e me senti traído quando o projeto foi apresentado.

Ele é ruim, não é técnico e vai resultar em danos ao meio ambiente. Sou favorável à proposta de compensação, que permite a troca de áreas isoladas por preservação contínua em outras, desde que sejam do mesmo bioma e se exclua, no caso do Paraná, a área da Mata Atlântica na Serra do Mar.

Também sou a favor da soma das áreas de preservação permanente à reserva legal, o que pode chegar assim aos 20% exigidos por lei, respeitando as características de cada região. No Paraná, por exemplo, uma área de 150 hectares é uma grande fazenda, já na Amazônia isso não é nada.

BETO RICHA 45 PSDB

Gestão pública com foco no desenvolvimento sustentável.

Descentralizar procedimentos de licenciamento e fiscalização ambiental hoje de responsabilidade dos órgãos estaduais, delegando-os, de forma compartilhada, aos municípios.

Desenvolver mecanismos para capacitação técnica da sociedade, em especial do setor produtivo, e reestruturar órgãos do sistema ambiental.

Incentivar a concessão e renovação de licenças ambientais a empresas com desempenho ambiental satisfatório.

Implantar o programa de ação compartilhada da gestão ambiental em consonância com o Plano Nacional de Descentralização.

Implantar infraestrutura nos escritórios regionais e nos municípios. Capacitar agentes ambientais. Apoiar a formação de consórcios de municípios para a gestão, de resíduos sólidos.

Apoiar técnica e financeiramente os municípios para elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos. Apoiar técnica e financeiramente o desenvolvimento de projetos para plantas de tratamento de resíduos sólidos e monitorar sua implantação e operação.

Efetivar a implantação dos comitês de bacia hidrográfica já criados. Realizar debates regionalizados para a instituição dos demais comitês de bacia. Realizar inventários das bacias para a elaboração dos respectivos Planos de Bacia.

Instituir instrumentos previstos na Política Estadual de Recursos Hídricos. Promover melhorias efetivas na qualidade das águas, despoluindo a Bacia do Alto Iguaçu.

Monitoramento contínuo da qualidade do ar nos principais pólos urbanos. Recuperar e ampliar a Rede de Monitoramento da Região Metropolitana de Curitiba. Expandir a rede para Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Paranaguá.

Informatizar o automonitoramento. Desenvolver o modelo regulatório de dispersão atmosférica. Elaborar o Plano Estadual de Controle de Emissões Veiculares.

Criar, ampliar e efetivar unidades de conservação. Implantar política de incentivo aos proprietários detentores de áreas naturais conservadas. Definir e implementar mecanismos legais para a gestão das unidades de conservação.

Instituir, aparelhar e implementar bancos de germoplasma em cada ecossistema do Estado. Fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de estratégias de ação para o controle e combate a espécies animais e vegetais exóticas invasoras.

PAULO SALAMUNI 43 PV

No governo do PV o Paraná confeccionará e implantará o Zoneamento Econômico Ecológico e um planejamento por bacia hidrográfica.

O objetivo dessa proposta é arrumar a situação de um estado que possui um patrimônio ambiental degradado. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Instituto das Águas do Paraná (Águas do Paraná) e outros organismos públicos de defesa e controle necessitam recompor seus quadros, serem reequipados, a política pública ambiental necessita ser rediscutida com toda a sociedade.

O estado poderá assegurar a preservação dos seus biomas remunerando, via crédito agrícola adicional ou ainda via compra de cotas de produção, os agricultores que mantiverem áreas de proteção ambiental além daquela que a lei determina.

A revegetalização de fundos de vale, para a recomposição de matas ciliares será incentivada pelo Governo do Estado.

Para tanto créditos, com juros subsidiados pelo estado,
serão abertos a agricultores que provem que estão mantendo não só a área estipulada pelo Código Florestal, mas também área excedente de mata nativa

Fornecer condições técnicas para os proprietários rurais recuperarem, preservarem ou protegerem suas nascentes e fontes de água protegidas e limpas. Implantar de Parques de Usinas Eólicas e do uso da Biomassa, tanto vegetal como no caso das usinas de cana quanto vegetal (dejetos e restos animais) para geração de energia