Candidatos ao governo debatem com professores

Onze dos treze candidatos ao governo do Paraná aceitaram o convite da APP-Sindicato para participar de um debate exclusivo sobre educação, na manhã de hoje.

Os candidatos serão sabatinados a respeito de suas propostas para o ensino público no Paraná e convocados a opinar sobre o modelo formulado pela entidade que será oferecido como subsídio ao Plano Estadual de Educação. Conforme a Lei de Diretrizes da Educação, o plano, que não foi feito pelo atual governo, deve ficar para o sucessor do governador Jaime Lerner (PFL), que será obrigado a submetê-lo à aprovação da Assembléia Legislativa.

O debate da APP é o primeiro contato direto dos candidatos com uma categoria que representa um universo eleitoral significativo no Estado. Os trabalhadores da educação, em que estão englobados professores e funcionários de escolas, são estimados em 80 mil no Paraná, sem contar seus familiares e pais de alunos. O debate começa às 8h30 no auditório da Federação Espírita do Paraná.

Confirmaram participação os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenções de votos – Álvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PMDB) – e ainda os candidatos Padre Roque Zimermmann (PT), Beto Richa (PSDB), Rubens Bueno (PPS), Giovani Gionédis (PSC), Claudemir Figueiredo (PSTU), Cirus Itiberê da Cunha (PST), José Gladston Bispo (Prona), Severino Araújo (PSB) e Benedito da Silva (PMN).

Compromissos

As propostas da APP- Sindicato para a Educação foram apresentadas previamente aos candidatos. Eles terão que se posicionar sobre algumas reivindicações que geraram polêmica no atual governo, como a extinção do ParanáEducação, a reativação do IPE, a volta das eleições diretas para diretores das escolas estaduais e a aprovação do plano de carreira, cargos e salários que tramita há quatro anos na Assembléia Legislativa.

O professor Edilson de Paula, secretário de Assuntos Municipais da APP, disse que o debate foi uma forma de a APP não apenas sondar o que pensam os candidatos sobre a educação, mas também de obter um compromisso deles de acatar o projeto da APP para o Plano Estadual de Educação. “Nós queremos respostas deles sobre as principais questões dos trabalhadores da educação”, afirmou o professor, ressalvando que a entidade não deve manifestar apoio político a um candidato.

Em 94, a APP apoiou informalmente Lerner. A participação dos professores na campanha foi considerada decisiva para a sua eleição.

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