Eleições 2014

Candidato do PV quer rompimento do acordo nuclear com Alemanha

O candidato à Presidência pelo PV, Eduardo Jorge, participou hoje (21), na capital paulista, de um debate promovido pelo Greenpeace sobre a ampliação do uso da energia solar no Brasil.

O candidato reafirmou seu compromisso em ampliar o uso desse tipo de energia, considerada mais limpa, no país. Outra proposta defendida foi a ruptura do acordo nuclear que o Brasil tem com a Alemanha.

“Tem a chance, de cinco em cinco anos, de se romper o contrato com a Alemanha. O contrato vence em novembro de 2015. Para propor a ruptura, tem que fazer com um ano de antecedência”, disse.

Eduardo Jorge quer reunir um grupo de entidades para propor à presidenta Dilma Rousseff que não renove o contrato. “Queremos uma energia mais segura e limpa”, declarou.

Em contrapartida à ruptura do contrato, disse o candidato, o país criaria um novo acordo de longo prazo com a Alemanha, uma parceria para incentivar a pesquisa, produção e incentivo à energia solar no mundo. “A proposta é trocar um contrato inseguro e sujo como o da energia nuclear para a pesquisa em energia solar”, disse ele.

O candidato é contrário ao uso da energia nuclear no país. “É uma energia altamente perigosa, numa região altamente delicada do Rio de Janeiro. Se nós não queremos isso, a chance é agora, em novembro de 2014. Se não, o contrato é automaticamente renovado”, explicou.

De acordo com Eduardo Jorge, seu programa será ampliado para incorporar propostas como a que foi sugerida hoje pelo Greenpeace – a construção de 1 milhão de casas solares – aquelas cujo consumo é baseado em energia solar – durante os quatro anos de governo, caso seja eleito.

“É uma energia limpa, que ajuda a limpar a matriz energética no Brasil, tirar a pressão sobre as nossas hidrelétricas, é lucro puro para o nosso Brasil”, declarou. Sérgio Leitão, diretor de políticas públicas do Greenpeace, defendeu a expansão da capacidade de geração de energia solar.

Para ele, uma solução para a questão energética no país seria a utilização de 10% da área que já foi desmatada na Amazônia para cobri-la com placas solares. A energia gerada por essa área seria capaz de atender a dez vezes as necessidades energéticas atuais do país, segundo explicou.

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