O candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, registrou a candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde desta quinta-feira (03). Acompanhado da militância do partido, Jorge apresentou o plano de governo do partido e a previsão de gastos.
São 10 as diretrizes nas quais se baseia o programa o também protocolado no TSE hoje: desenvolvimento sustentável, reforma política, descentralização, economia, energia, previdência social, saúde e educação, cultura, combate à desigualdade, e internacionalismo.
Segundo o candidato verde, a intenção é “mostrar que o partido também trata de outros temas além do desenvolvimento sustentável”. “O PV é o porto seguro da questão da sustentabilidade, mas quer influenciar todas as demais políticas públicas”, justificou.
A candidatura verde espera gastar R$ 20 milhões na campanha. Apesar de ser um dos menores orçamentos entre os presidenciáveis, Jorge diz esperar gastar ainda menos que isso. “Vou contar com a militância e com o patrimônio das ideias, que é o maior legado do PV”, afirmou.
Eduardo Jorge está na lanterna da corrida presidencial, com 1% da preferência, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Apesar disso e de contar com cerca de um minuto de tempo de programa de rádio e televisão, ele minimiza a pesquisa e até comemora o resultado.
“É um resultado maravilhoso. Uma pessoa como eu ter cerca de 1 milhão de intenções de voto, antes mesmo do início da campanha, já é muito bom”. O presidenciável também sinalizou que não espera, com sua estrutura, conseguir passar do primeiro turno.
Contudo, afirmou a necessidade de uma candidatura que se coloque como alternativa àqueles que não concordam com as ideias dos partidos tradicionais, referindo-se ao PT e ao PSDB.
Ao ser questionado sobre Marina Silva, que em 2010 teve mais de 20 milhões de votos no primeiro turno pelo PV e hoje ocupa a vaga de vice na chapa do PSB de Eduardo Campos, Jorge disse não esperar que sua sigla tenha o “monopólio” da ideia de sustentabilidade, mas disse que “os três principais partidos colocados hoje não têm tradição de que se manterão firmes no propósito da defesa do meio ambiente como forma de evolução dos demais quesitos”.
Embora não tenha feito críticas diretas à Marina, o candidato do PV aproveitou para alfinetar a ex-correligionária. “Vice é uma coisa. Não é ela que carrega as ideias da chapa. Não que não seja importante. Estou muito feliz com minha candidata à vice. Não brigamos durante o período de pré-campanha”, em referência às divergências internas na chapa pessebista. Marina e Campos divergiram em alguns pontos, como alianças regionais.