O provável candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), classificou como “natural” a divergência interna dentro do seu partido sobre o possível apoio ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deve disputar a reeleição em São Paulo. Uma ala do partido, coordenada pelo prefeito de Campinas Jonas Donizetti (PSB), estuda fazer um manifesto de apoio ao tucano, enquanto outra parte está mais alinhada à Rede, de Marina Silva, na proposta de ter um candidato próprio da coligação na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.

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“As pessoas têm total direito de colocar sua posição e de viver o debate. Partidos democráticos vivem isso, o PSB tem que viver também”, disse Campos após participar de um congresso do setor varejista em São Paulo.

Sobre a indefinição da coligação tanto em São Paulo, como em Minas Gerais, Campos repetiu que o debate “tem data para acabar”, ou seja, pode se estender até a convenção, marcada para 29 de junho. “O que não pode é a gente pegar interesses de uma campanha nacional e colocar por cima dos interesses do Estado. O que for melhor para cada Estado, que o partido faça”, disse, sem esclarecer o que considera “melhor” para Minas ou para São Paulo.

O ex-governador de Pernambuco também confirmou que deve se encontrar nesta terça em Brasília com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para falar da movimentação de parlamentares peemedebistas em favor da sua campanha presidencial. “Jarbas tem conversado com muitas pessoas, ele tem me dado conta disso, hoje inclusive vou falar com ele, que tem feito esse encontro com diversas pessoas do chamado PMDB histórico, do grupo dos autênticos, e também de gente mais nova com postura crítica ao governo.”

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Na semana passada, Jarbas reuniu, em um jantar em sua casa, o grupo de possíveis apoiadores de Campos. Estiveram presentes os senadores Pedro Simon (RS), Waldemir Moka (MS), Ricardo Ferraço (ES) e Luís Henrique (SC) e os deputados Raul Henry (PE), Danilo Forte (CE), Fábio Trad (MS), Geraldo Resende (MS), Darcísio Perondi (RS) e Osmar Terra (RS).

Nesta quarta-feira, 14, Jarbas deve fazer um novo jantar, desta vez com a presença de Campos. A ideia do senador é reunir cerca de 20 deputados numa dissidência formal em relação ao apoio à candidatura da atual presidente Dilma Rousseff (PT).

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