Na última semana antes do primeiro turno, as campanhas da Rede, do PT, do PSDB e do PSOL entraram com representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a TV Band e a rádio Jovem Pan por conta das entrevistas de Jair Bolsonaro (PSL) na semana passada.

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Os adversários alegam tratamento privilegiado ao deputado federal e pedem que também sejam entrevistados nas emissoras, por igual tempo, ainda nesta semana. As representações foram individuais, mas todas protocoladas no final de semana.

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Os pedidos de Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) foram analisados pelo ministro Sérgio Banhos. Ele negou a liminar alegando liberdade de expressão e princípio do contraditório, mas recebeu a representação e pediu que as emissoras apresentarem suas defesas. Os demais pedidos ainda não foram analisados pelo tribunal.

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“A entrevista com Bolsonaro na Bandeirantes foi um escândalo, um comício em horário nobre. Esperamos que, mesmo rejeitando a limitar, a Justiça Eleitoral julgue o mérito da ação do PSOL a tempo e corrija essa injustiça, dando a mesma oportunidade a outros candidatos”, disse o presidente do partido, Juliano Medeiros.

Na última segunda-feira e sexta-feira, 24 e 28 de setembro, o presidenciável concedeu entrevistas à JovemPan e à Band, respectivamente, de 26 minutos e 46 minutos. Nelas, o candidato disse que não “aceitaria” qualquer resultado que não fosse sua eleição.

Essas foram as primeiras exclusivas concedidas à imprensa pelo deputado federal, desde que recebeu a facada, no hospital Albert Einstein, de onde recebeu alta no último sábado, 30.

As campanhas alegam que o princípio de tratamento igual aos candidatos foi ferido, com base na lei eleitoral nº. 9.504/97, que prevê “encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das eleições, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário, (…) dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação”.

“Observa-se que, em razão da extensa entrevista realizada com o candidato Jair Messias Bolsonaro, somente com a determinação para que as Representadas disponibilizem igual espaço para realização de entrevista com a candidata à Presidência da República da coligação Representante é capaz de novamente restabelecer a isonomia”, diz o texto da campanha de Marina Silva.

O documento do PT compara ainda o tempo de exposição da entrevista com os programas eleitorais de Fernando Haddad (PT). “Seriam necessários quase 30 programas em bloco, ou 5 semanas, para conseguir se apresentar ao público pelo mesmo período”.

As representações do PSDB e do PSOL entraram apenas contra a entrevista concedida à Band. As emissoras foram procuradas para comentar as representações, mas não se manifestaram até a publicação desta reportagem.