Foto: João de Noronha/O Esado |
Augustinho Zucchi: ?Nós somos persistentes?. |
Parte do comando da campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado ainda espera por um sinal de apoio do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). A entrada de Beto na campanha de Osmar é vista como o fato novo que poderia impulsionar os percentuais de intenções de votos do senador e provocar a realização de segundo turno na eleição.
O vice-presidente estadual do PDT, deputado estadual Augustinho Zucchi, disse que a participação de Beto na campanha de Osmar é necessária e desejável. ?Nós esperamos e precisamos. Ele é um sujeito de bom senso e temos certeza que ele vai tomar a decisão coerente?, afirmou o dirigente do partido.
Para Zucchi, ao contrário do que aparenta, o prefeito de Curitiba não vai se manter neutro até o dia 1.º de outubro. ?Até para dizer que não vai apoiar ninguém, ele vai ter que falar alguma coisa?, afirmou o deputado pedetista, acrescentando que o comando da campanha de Osmar não vai desistir assim tão fácil de levar o prefeito para o palanque do senador. ?Nós somos persistentes?, disse.
As justificativas de Beto, argumentando que, como coordenador-geral da campanha de Geraldo Alckmin à presidência da República no Paraná, não pode se posicionar para não prejudicar o candidato tucano, que tem eleitores tanto do lado de Osmar como do governador Roberto Requião (PMDB), foi questionado por Zucchi. ?Não justifica porque o Requião não está apoiando o Alckmin. Mas a palavra está com ele?, comentou.
Corda bamba
A expectativa de que o prefeito de Curitiba tomasse parte da campanha eleitoral para o governo já foi também dos peemedebistas. Encorajados pelo governador em exercício, Hermas Brandão (PSDB), os aliados de Requião chegaram a acreditar que teriam o prefeito tucano no palanque à reeleição do governador. Mas Beto, apesar de demonstrações discretas de simpatia, recuou da aproximação com Requião e, atualmente, o grupo de apoio do governador já se dá por satisfeito em não perder o prefeito para a campanha de Osmar Dias. A neutralidade de Beto está de bom tamanho para o PMDB, mas não para o senador Osmar Dias que, embora não diga publicamente, pensava ter a retribuição do prefeito de Curitiba ao apoio que deu a ele, em 2004.