A campanha de reeleição do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), foi a quarta mais cara do País, de acordo com dados das prestações de contas de todos os candidatos, divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os R$ 6,9 milhões gastos pelo tucano na capital paranaense só foram superados pelos gastos dos prefeitos eleitos de São Paulo (Gilberto Kassab – DEM), Belo Horizonte (Márcio Lacerda – PSB) e Rio de Janeiro (Eduardo Paes – PMDB).
A eleição mais cara foi a de Kassab. O prefeito reeleito de São Paulo gastou R$ 29,7 milhões para derrotar Geraldo Alckmin (PSDB) e Marta Suplicy (PT). O segundo que mais gastou foi Márcio Lacerda que, apesar do apoio do PT do presidente Lula e do PSDB do governador Aécio Neves, precisou de R$ 17,5 milhões numa disputa apertada com Leonardo Quintão (PMDB).
No Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que derrotou, de virada, Fernando Gabeira (PV) por uma diferença de um ponto percentual, utilizou R$ 11,4 milhões. Todos esses prefeitos disputaram segundo turno, tendo, além de uma disputa mais equilibrada, mais 20 dias de campanha que em Curitiba.
Nos municípios com número de habitantes e eleitores que a capital paranaense, os gastos foram bem menores. A prefeita eleita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), que também venceu no primeiro turno, foi a quinta que mais gastou (R$ 4,7 milhões).
Os outros prefeitos eleitos nas principais capitais não superaram os R$ 3 milhões em gastos de campanha. João Carneiro (PMDB) gastou R$ 2,9 milhões para se eleger em Salvador. Em Porto Alegre, José Fogaça (PMDB) usou R$ 2,6 milhões e em Florianópolis, Dário Berger (PMDB) gastou R$ 1,4 milhão.
Beto, que iniciou a campanha com amplo favoritismo e nunca teve sua vitória já no primeiro turno ameaçada, gastou bem mais que os prefeitos eleitos nos municípios do porte de Curitiba. No entanto, os elevados gastos na campanha não foram exclusividade da candidatura vencedora do tucano.
Na prestação de contas apresentada por sua principal adversária, Gleisi Hoffmann (PT), segunda colocada na eleição de outubro com 18% dos votos válidos, foram computados gastos semelhantes aos de Beto. A campanha petista em Curitiba gastou R$ 6,4 milhões.
