A campanha do senador Aécio Neves reconheceu nesta terça-feira, 29, pela primeira vez que o candidato tucano à Presidência usou o aeroporto de Cláudio, no interior de Minas Gerais, apesar do local não ter sido homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para receber pousos e decolagens.

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Desde que o jornal Folha de S.Paulo revelou no último dia 20 que o governo de Minas Gerais – durante o segundo mandato do tucano – gastou quase R$ 14 milhões para construir o aeroporto dentro de um terreno desapropriado da fazenda de um tio-avô de Aécio, o candidato tem evitado responder se usa ou não a pista, localizada a 6 km da propriedade de sua família.

O episódio abriu a primeira crise na campanha tucana. Para tentar tirar o caso do noticiário, a equipe de Aécio produziu um documento – Voos ocasionais para a pista de Cláudio/MG; Aspectos da legalidade – no qual cita uma norma da Anac que permitiriam “operação ocasional” de helicópteros em aeroportos não homologados.

“Os voos realizados pelo presidenciável Aécio Neves para a pista em Cláudio/MG foram feitos totalmente em conformidade com a legislação vigente. Trata-se de operações denominadas operação ocasional”, diz o texto da campanha que foi produzido a pedido de senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), candidato a vice na chapa de Aécio, e enviado por sua assessoria ao Estado.

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Pela norma apresentada, o operador do helicóptero poderia utilizar o local “desde que tenha tomado as providências cabíveis para garantir a segurança da operação da aeronave”.

A Anac, porém, contesta o argumento. “Esse trecho do regulamento só é válido para operações realizadas exclusivamente por helicópteros (aeronaves de asa rotativa), e em helipontos ainda não homologados”, informou o órgão. Ainda segundo a Anac, os aeroportos não homologados só podem ser utilizados para casos de “emergência em voo, para evitar incidente/acidente”.

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A assessoria de Aécio não respondeu se ele utilizou aviões ou helicópteros para viajar até Cláudio. Depois que o caso do aeroporto veio à tona, a Anac começou a investigar a movimentação no aeroporto.

Hoje, em Brasília, Aécio evitou novamente o tema e disse ser “irrelevante” a informação sobre o uso do aeroporto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.