“Camisa 10” é para puxador de votos

Entre as centenas de números colocados à disposição dos seus candidatos, os partidos reservam aqueles mais fáceis de serem gravados pelo eleitor para os puxadores de votos. Para ser o “camisa 10” eleitoral, é preciso ter grande tradição política ou simplesmente um nome com muita popularidade.

Desde o surgimento da urna eletrônica, em 1996, o brasileiro só vota em número. É por isso que Paulo Maluf não abre mão do 1111 na campanha para se reeleger deputado. Em 2006, teve a maior votação da história, com 739.827 votos em São Paulo.

Votação expressiva como essa ajuda o partido a eleger outros deputados. Por isso o candidato goza de privilégio no horário político do PP na televisão.

Já o candidato 2222 nunca teve qualquer expressão política. O cearense Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca, foi lançado pelo PR para arrebanhar votos. Na TV, ele exibe as marcas que o tornaram conhecido desde 1997, quando lançou a música Florentina: o bigodinho preto, a peruca loira e o chapéu de pano colorido.

O PSDB confiou seu melhor número para a camisa de um artilheiro de peso na busca de votos. Edson Aparecido, 4545, é um dos fundadores do PSDB e coordenou campanhas de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.

No PR, o cantor Agnaldo Timóteo ficou com 2212. Em 1982, no PDT, foi eleito deputado federal com 503 mil votos – um recorde na época. Paulo Pereira da Silva (PDT) tenta se reeleger deputado com o 1212. Já o estilista Ronaldo Ésper ganhou do PTC o número 3636.

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