No dia seguinte à absolvição do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, pelo Conselho de Ética da Câmara, o corporativismo falou mais alto e os deputados evitaram criticar a decisão. A maioria deu o caso por encerrado. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), transferiu a responsabilidade pela não cassação do mandato de Paulinho para o Conselho de Ética.
“Foi o Conselho de Ética que o julgou. Os que estão lá foram indicados por seus líderes. Se um líder indica mal alguém para uma função, esse líder tem responsabilidade por isso”, disse Chinaglia. Ele observou que se sentia “impossibilitado de fazer qualquer julgamento de mérito” sobre o caso. Paulinho é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de participar de esquema de desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Para mim fica difícil julgar quem tem o papel de julgar”, afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.