A Câmara Municipal de Curitiba vota, na próxima segunda-feira, projeto que estabelece novo salário para prefeito e secretários municipais. O projeto foi apresentado pela Mesa Executiva após a renúncia do ex-prefeito Beto Richa (PSDB) que, em 2008, vetou o reajuste aprovado pela Câmara.

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Pela proposta, o salário do prefeito Luciano Ducci (PSB) seria igual ao teto do serviço público no país, R$ 26.723,13, salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal, e os secretários passariam a ganhar R$ 12.047,46.

Em 2008, Beto Richa vetou projeto que aumentava os salários no Executivo. Assim, está em vigor lei municipal de 2004 que fixou o salário do prefeito em R$ 19,9 mil e dos secretários de 7,1 mil.

Mas o projeto tem uma cláusula que reajusta os vencimentos do prefeito anualmente, nos mesmos índices dos reajustes dos servidores municipais. Assim, hoje, o salário do prefeito já estaria próximo do teto.

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Segundo o presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB) o projeto foi apresentado para corrigir os salários dos secretários, que hoje estariam recebendo vencimentos inferiores aos dos superintendentes.

O salário de um secretário, pela lei de 2004 é de R$ 7,1 mil. No reajuste vetado por Beto Richa, o salário iria para R$ 10,2 mil. Agora, a proposta é de R$ 12 mil. O salário do prefeito de Curitiba é o mais alto do país. Beto Richa, depois de noticiado sobre isso, passou a doar parte de seu salário.

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Ducci, em entrevista a O Estado, logo após tomar posse, disse que não havia motivos para doar parte de seus salários. A bancada do PT estuda emenda para tentar congelar o salário do prefeito.

“Fizemos um levantamento e o segundo salário mais alto que encontramos é em Belo Horizonte, R$ 19 mil, bem abaixo dos R$ 26 mil”, disse a vereadora Professora Josete (PT).