Câmara decide se abre processo contra deputado

A Mesa Diretora da Câmara deve decidir esta semana se pede a abertura de processo no Conselho de Ética por falta de decoro parlamentar contra o deputado Paulo Roberto (PTB-RS), suspeito de ter desviado para si parte dos salários de seus servidores.

Relatório com indícios de irregularidades no gabinete do deputado foi aprovado hoje pela comissão de sindicância da Câmara aberta para investigar o episódio da farra das passagens aéreas.

Depois de dois meses de trabalho, a comissão não encontrou indícios de envolvimento direto dos deputados Paulo Roberto e Eugênio Rabelo (PP-CE) no uso indevido de bilhetes aéreos da Câmara.

“O pedido de abertura de processo no Conselho contra o deputado Paulo Roberto é pela existência de indícios de práticas irregulares em seu gabinete, especialmente no que se refere à contratação de servidores”, explicou o corregedor-geral da Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM).

Ele apresentará à Mesa Diretora da Câmara a conclusão das investigações sobre os dois deputados. “Não há nenhuma prova de comercialização de passagens aéreas envolvendo os deputados Paulo Roberto e Eugênio Rabelo”, afirmou ACM Neto.

O corregedor vai pedir ao presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), que a comissão de sindicância investigue outros casos de deputados suspeitos de participarem da máfia das passagens aéreas.

“Vou solicitar o aditamento da comissão de sindicância para investigar outros casos de deputados”, disse ACM Neto. Cerca de 40 servidores da Câmara já estão sendo investigados sobre a farra das passagens aéreas.

Depois de dois meses de investigações, a comissão de sindicância aprovou hoje o relatório do deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) inocentando Eugênio Rabelo de envolvimento com a comercialização de passagens aéreas da Câmara.

Já o relatório do deputado Marcelo Ortiz (PV-SP) pede a abertura de processo contra Paulo Roberto por suspeita de contratação irregular de servidores em seu gabinete.

Há indícios de que o deputado Paulo Roberto empregou em seu gabinete dois funcionários fantasmas que recebiam salários sem trabalhar. Os dois são filhos de seu ex-chefe de gabinete Luiz Gustavo Nogueira que, depois de exonerado do cargo, empregou os filhos em seu lugar. Há suspeitas ainda de que os filhos de Nogueira tenham repassado parte de seus salários para o deputado.

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