A Câmara Municipal de São Paulo deu o aval, em primeira votação, para a criação da Comissão da Memória e da Verdade da Prefeitura de São Paulo na tarde desta terça-feira, 27. O projeto de lei, enviado à Casa pelo prefeito Fernando Haddad (PT), contou com 34 votos favoráveis, duas abstenções e dois contrários – dos ex-coronéis da PM Camilo (PSD) e Telhada (PSDB).

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A aprovação da proposta foi alcançada após acordo com a oposição, que se diz favorável à criação da comissão, mas contrária à criação de cargos. No projeto original, estavam previstos sete novos cargos. Com o acordo, esse número caiu para três. Com a redução, a estimativa é que o custo com o pagamento de salários seja de R$ 20 mil por mês. Para virar lei, o projeto precisa ser novamente apreciado pelos vereadores em plenário. “Para a segunda votação, vamos tentar eliminar também esses três novos cargos. A Prefeitura tem muitos cargos congelados, não precisa criar mais”, disse o vereador Floriano Pesaro, líder do PSDB.

Com mais de um ano de atraso, a comissão municipal deve ser instalada dentro da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, com o objetivo de apurar crimes cometidos dentro das dependências da Prefeitura durante o período da ditadura militar. Na Câmara, grupo de trabalho similar foi criado em fevereiro de 2013.

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