A Câmara Municipal de Prudentópolis retomou ontem, às 9h, a sessão para votar a cassação do prefeito Nelson Dal Santos (PL), acusado de favorecer parentes em processos licitatórios e superfaturar os preços dos produtos vendidos por sua empresa ao município. As denúncias deram origem a quatro CPIs e um relatório, resultando num processo de 12 volumes, com 2.252 páginas, após três meses de trabalho.
A sessão, que é pública, começou na quinta-feira, mas foi interrompida no início da madrugada de sexta, quando o advogado Luiz Setembrino von Holleben se apresentou como defensor do prefeito e pediu seu adiamento. A Mesa não concedeu o prazo de cinco dias por ele solicitado, mas deu-lhe 24 horas para estudar os autos. Os trabalhos recomeçaram do ponto em que tinham parado, na leitura do 4.º volume do processo.
A previsão dos vereadores é que os trabalhos se estendam pela madrugada. Após a leitura dos autos, os 13 vereadores ainda terão 15 minutos cada para se manifestarem, a defesa do prefeito, duas horas, e as acusações contra Dal Santos, separadas em cinco ítens, serão votadas separadamente. Se a Câmara decidir pela cassação, na mesma sessão dá posse ao vice-prefeito, o ex-deputado Gilberto Agibert Filho.
