Os vereadores da Câmara de Pirassununga, no interior de São Paulo, decidiram nesta terça, 18, cassar o mandato do prefeito Ademir Alves Lindo, condenado em ação de improbidade administrativa após ser acusado de assediar e beijar quatro mulheres e uma menina à força. Por sete votos a três, os parlamentares entenderam que o gestor do município do interior paulista agiu de modo “incompatível com a dignidade e o decoro do cargo” e convocaram o vice, Milton Dimas Tadeu Urban, o Dr. Dimas, para assumir a gestão do município.

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A decisão foi dada em sessão extraordinária que durou mais de sete horas e terminou com a posse do Dr. Dimas.

Os vereadores Jeferson Ricardo do Couto, José Antônio Camargo de Castro, Luciana Batista, Paulo Eduardo Caetano Rosa, Sidnei Aparecido Pires Vitor Naressi e Wallace Ananias votaram pela cassação do prefeito.

Foram contrários à medida Leonardo Francisco Sampaio de Souza Filho, Nelson Pagoti e Paulo Sérgio Soares da Silva.

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Em primeira instância judicial, Lindo foi sentenciado, em janeiro de 2019, à suspensão dos direitos políticos por cinco anos e ao pagamento de multa de 100 vezes o valor de sua remuneração percebida à época dos fatos.

Em novembro, o caso foi apreciado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que deu provimento parcial ao recurso do então prefeito e reduziu o valor da multa para 20 vezes o valor de seu salário.

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No acórdão do Tribunal, o desembargador Carlos Von Adamek, relator, indicou que o dolo de Lindo era evidente, uma vez que “valendo-se da autoridade conferida pelo cargo que ocupava, molestou sexualmente mulheres que lhe procuraram em busca de colocação ou manutenção profissional, ou ainda para procedimento hospitalar, além de uma menor, pedidos esses que foram respondidos com condutas indecorosas em patente violação aos princípios da Administração Pública, ensejando as penalidades aplicadas”.

COM A PALAVRA, ADEMIR ALVES LINDO

A reportagem busca contato com a defesa do ex-prefeito. O espaço está aberto para manifestações.