Arquivo/O Estado |
---|
Alguns vereadores queriam elevar número de representantes na Câmara de Maringá de 15 para 21. Pressão popular decidiu a questão: a maioria foi contra. |
Valeu a pressão popular. A Câmara Municipal de Maringá (Noroeste do Estado) derrubou as propostas de alteração no número de vereadores da cidade, que permanece com 15 parlamentares no Legislativo Municipal. Por 12 votos contrários e apenas três a favor, a emenda que aumentava para 23 o número de vereadores foi rejeitada. Outra proposta, que aumentava para 21parlamentares, também caiu, por 11 a 4. Por 10 a 5, os vereadores também recusaram a redução para 9 cadeiras.
A presença da população na sessão plenária, bem como as manifestações ocorridas na semana passada deu resultado. Muitos dos vereadores, ao justificarem seus votos, disseram estar seguindo o interesse da sociedade que representam. “Respeito tanto as manifestações contrárias quanto aquelas a favor do aumento do número de vereadores”, disse Humberto Henrique (PMDB).
“A sociedade não quer mais vereadores por não se sentir representada”, concluiu. “Estamos aqui para representar o povo e 90% da comunidade quer 15 vereadores. Sou a favor da comunidade. E por isso sou contra o aumento dos salários dos vereadores também”, disse Aparecido Regini (PP), o Zebrão.
A influência da pressão popular no resultado da votação foi citada, também pelos vereadores favoráveis ao aumento no número de vagas. “Dependendo das cartolinas que surgiam no meio das manifestações, os vereadores mudavam de ideia”, criticou John Alves (PMDB). “Quanto maior o número de representantes maior a possibilidade dos diversos segmentos estarem representados aqui”, disse.
“A Constituição Federal é clara e determina números. No caso de Maringá, ela estabelece que o máximo é de 23 vereadores e o mínimo, o quadro imediatamente anterior, que é de 21”, concluiu, justificando seu voto.