Depois de dois dias seguidos trabalhando até de madrugada, os vereadores de Curitiba puderam descansar ontem. A sessão extraordinária foi suspensa por causa do falecimento do ex-governador José Richa, mas como as votações estão atrasadas eles voltam ao trabalho hoje, às 9h30. Na terça-feira a sessão teve início às 14h e seguiu até a 1h da manhã. Na segunda-feira as votações aconteceram das 14h às 4h da madrugada.
Desde o início da semana os vereadores votaram vinte projetos, e venceram a pauta. Resta agora a discussão e votação do orçamento.
Após muita discussão, os blocos da situação e da oposição enfim entraram em um acordo, e a última sessão do ano será no sábado. ?Conseguimos fazer surgir a fumaça branca da paz?, brincou o líder da oposição, vereador Paulo Salamuni (PMDB). Anteontem à noite os dez vereadores oposicionistas – Salamuni, Luiz Felipe Braga Cortes e Márcia Schier (todos do PMDB), André Passos, Roseli Isidoro, Adenival Gomes, Nilton Brandão, Pedro Paulo e Paulo Lamarca (PT) e Jorge Bernardi (PDT) – estiveram reunidos com o presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB), com o líder do prefeito, Rui Hara (PSDB), e com o vereador Mário Celso Cunha (PSB). Da conversa saiu o esperado acordo.
?A maior preocupação deles era com a permuta do Slaviero. Retiramos o pedido de vistas e em troca eles irão aprovar cerca de três emendas ao orçamento de cada vereador da oposição?, contou Salamuni. ?Vai ser a primeira vez que a oposição tem emendas aprovadas. Há três meses estamos tentando essa conversa, mas só agora eles resolveram aceitar?, disse.
A reunião foi motivada pela ?operação tartaruga?, deflagrada pelos oposicionistas, que resolveram discutir todos os projetos apresentados, a conclusão dos trabalhos. ?Se não houvesse acordo iríamos discutir as 1.700 emendas, e as sessões iriam até o ano novo?, comentou. Apesar do acordo, as cerca de seiscentas emendas da oposição não foram retiradas. Já a situação arquivou 892, para agilizar o processo.
