A reforma tributária será aprovada pelo plenário da Câmara até o final de novembro e terá um impacto positivo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de pelo menos 0,5 ponto porcentual ao ano, atingindo um total de 11,8 pontos porcentuais nos próximos 20 anos.

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As estimativas foram feitas nesta segunda-feira (6) pelo secretário extraordinário de reformas econômico-fiscais da Fazenda, Bernard Appy, durante exposição no I Seminário Sobre Tributação e Competitividade, promovido pela Confederação Nacional de Serviços (CNS) em parceira com a escola de Direto da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apoio da Câmara Americana de Comércio (Amcham).

Pelos cálculos do secretário, a desoneração dos investimentos totais no período representará um incremento de 3,3 pontos no PIB; a redução de 6% da contribuição patronal para a Previdência de 4,1 pontos; a redução da cumulatividade de 2,6 pontos e a extinção do salário-educação, 1,3 ponto no PIB. “Isso tudo aumenta o PIB potencial e gera um incremento para o PIB de 12 pontos porcentuais, fora o que não conseguimos quantificar”, disse, referindo-se à simplificação do sistema de cobrança e ao fim da guerra fiscal. Para a União, ainda segundo Apyy, a perda com a desoneração total promovida com a reforma tributária será de R$ 7,3 bilhões apenas em 2010.

O secretário se mostrou otimista com a aprovação da reforma ainda este ano, argumentando que houve um avanço significativo das discussões nos últimos meses. “A perspectiva é votar (a reforma) este mês na comissão especial e, até novembro, no Plenário da Câmara”, disse. Para ele, o atual momento é favorável para a aprovação do projeto, que está a cargo do relator, deputado Sandro Mabel (PR-GO). “Temos o aspecto econômico favorável. A crise internacional talvez reduza um pouco este espaço, mas não significativamente, e há maior demanda da sociedade”, enumerou ele.

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