Os governistas conseguiram aprovar na noite de quarta-feira (17), no plenário da Câmara, a inclusão da Venezuela no Mercosul, depois de uma longa polêmica com o PSDB, que rejeita a proposta por considerar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, autoritário e antidemocrático. Votaram a favor da adesão 265 deputados e 61 foram contrários. Houve seis abstenções. O projeto vai agora ao Senado.
Os deputados aliados atenderam a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, interessado em anunciar a aprovação ainda durante a Cúpula da América Latina e Caribe, que se realiza na Bahia. O projeto enviado pelo governo Lula, em fevereiro de 2007, demorou ainda mais a ser aprovado por causa do insulto de Chávez ao Parlamento brasileiro, que desagradou parlamentares de todas as tendências.
Diante dos discursos oposicionistas contra a inclusão da Venezuela, os governistas argumentaram que se tratava de interesse comercial e não de uma discussão política sobre o governo Chávez. “Não podemos fazer crivo ideológico. A integração entre países é de pluralidade e isso não significa concordância com o regime político do país”, sustentou o petista José Genoino (SP).