Ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a candidata do PSB ao Senado pela Bahia, Eliana Calmon, não descartou, a possibilidade de Renata Campos, viúva do presidenciável do partido, Eduardo Campos, morto na quarta-feira, 13, assumir uma candidatura a vice-presidente. Mas, apesar das especulações, considera a hipótese bastante remota diante do fato de ela ter cinco filhos para criar, o caçula com sete meses e necessidades especiais.

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“A Renata acompanhou toda a vida, ela é uma política, mas no momento acho muito difícil, mas impossível não é. Ela está com um filho pequeno, que é excepcional e de quem está cuidando pessoalmente”, afirmou Eliana. “Acho muito difícil em razão dessa situação. Ela é uma mulher destroçada pela perda do marido”.

A ex-ministra do STJ disse que ficou próxima de Campos e Renata e citou o fato de que ela sempre está com o filho menor, Miguel, dando banho e comida. “Foi um verdadeiro milagre ela não estar no voo. Em todas as viagens, ela estava sempre presente”, afirmou.

Eliana disse ter chegado à política por atuação direta de Campos e de Marina Silva, a quem defendeu como nome “natural” para suceder o presidenciável do PSB na cabeça de chapa. “Ninguém a esta altura, faltando 45 dias para as eleições, seria um nome de consenso como o da Marina”, destacou, ao lembrar que ela participou, juntamente com Campos, de toda a discussão sobre as propostas da coligação.

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A candidata ao Senado admitiu que se sente “bem desprotegida” sem a presença de Campos. “Eu me sinto muito sozinha num processo político difícil, num Estado complicado, onde estou enfrentando dois grandes políticos tradicionais”, disse, referindo-se ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e o atual vice-governador, Otto Alencar (PSD), seus dois principais adversários na disputa a uma cadeira de senador.

Eliana, contudo, negou que esteja desanimada com a situação, uma vez que se aproximou bastante da senadora Lídice da Mata (PSB), que é candidata ao governo baiano e preside o PSB no Estado. “Tenho preocupação porque não sei como vai ficar o tamanho do partido, o financiamento, mas, sem dúvida alguma, continuo porque o meu projeto tem a ver com o ideário que Campos e Marina estavam pregando”, afirmou. “Não vou desanimar, terei de dar continuidade”.

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