O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou já ter conversado com a presidente Dilma Rousseff a respeito das agressões sofridas hoje pela comitiva de senadores na Venezuela. Segundo ele, a petista afirmou que estava tomando “providências” em relação ao assunto, mas não detalhou que medidas iria tomar.
Até o início da noite, o governo não havia se pronunciado oficialmente sobre o assunto. Mas, segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma havia convocado o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, para esclarecer o ocorrido.
Mais cedo, Renan condenou as hostilidades sofridas por senadores brasileiros na Venezuela. Em nota, ele afirmou que “as democracias verdadeiras não admitem conviver com manifestações incivilizadas e medievais”.
Os senadores viajaram à capital venezuelana para tentar visitar Leopoldo López, preso por atuar como líder oposicionista ao governo venezuelano Nicolás Maduro. As hostilidades começaram logo depois de os senadores deixarem a base aérea, onde tiveram que “furar” o cerco dos batedores.
No trajeto entre o terminal do aeroporto e a rodovia que levaria os senadores ao presídio, a comitiva foi atacada por um grupo de manifestantes contrários à presença dos brasileiros. A estrada foi fechada sob alegação de protestos e do transporte de um preso extraditado pela Colômbia no mesmo momento em que o grupo tentava o deslocamento.
Sem conseguir sequer sair da região próxima ao aeroporto internacional de Maiquetía “Simón Bolívar”, a pouco mais de 20 quilômetros do centro de Caracas, os senadores decidiram voltar ao Brasil. A comitiva era formada pelos senadores Aécio Neves (PSDB), Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD).
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