O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), adiou a audiência pública das 14 horas em que dois diretores da Petrobras falariam sobre o marco regulatório do pré-sal a pedido do senador oposicionista Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele contou à Agência Estado que procurou Garibaldi e lhe explicou que, se a audiência da CAE fosse mesmo realizada às 14 horas, haveria justaposição com a reunião da CPI da Petrobras, marcada para o mesmo horário.
“Disse ao senador Garibaldi que as duas reuniões seriam prejudicadas e ficariam esvaziadas. Por isso, uma teria que adiar, e ele decidiu que seria a da CAE”, relatou Dias. Na audiência da CAE, seriam ouvidos o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, e o diretor do setor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa. Garibaldi ainda não marcou a nova data da audiência da CAE.
O presidente da CAE havia convocado a audiência pública para a tarde de hoje a pedido do senador Tião Viana (PT-AC). Na avaliação de Alvaro Dias, o pedido de uma reunião da CAE no mesmo horário da sessão da CPI da Petrobras faz parte do que ele chamou de “uma operação ‘abafa’ por parte da base aliada, que pretende transformar a CPI em um evento secreto.”
“Primeiro, marcam as reuniões sempre à tarde, quando a TV Senado é obrigada a transmitir apenas a sessão do plenário. Depois, rejeitam todos os requerimentos (que são) de nosso interesse. Limitam o nosso trabalho e limitam o trabalho da imprensa”, disse. A CPI da Petrobras ouvirá hoje o gerente de Comunicação Institucional da empresa, Wilson Santarosa. Ele foi convidado a explicar denúncias de irregularidades nos contratos de patrocínio concedidos pela estatal.