Balanço do desempenho do PMDB nas eleições municipais feito pelo Estado aponta que o resultado do segundo turno do partido ficou aquém das expectativas de suas principais lideranças regionais.
O partido obteve o maior número de prefeituras brasileiras – 1.083 -, mas viu importantes quadros perderem influência em seus Estados, não bateu a meta na eleição para as capitais e ainda assistiu ao PSDB ultrapassá-lo em número de eleitorado governado nos municípios.
A meta do partido era conquistar 1,2 mil prefeituras e, pelo menos, cinco capitais. O partido, que lançou 16 candidatos a 26 prefeituras de capitais, só venceu em primeiro turno em Boa Vista, com a reeleição de Teresa Surita e, na segunda etapa, em Goiânia, com Iris Rezende, em Florianópolis, com Gean Loureiro, e em Cuiabá, com Emanuel Pinheiro.
Os principais caciques, no entanto, não emplacaram seus candidatos nas capitais, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, em Maceió; Jader Barbalho, em Belém; e o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, que apoiou um candidato do PR em Fortaleza.
O presidente Michel Temer, que decidiu se manter afastado das eleições municipais para evitar rachas na base, também não conseguiu garantir um avanço do seu grupo político em São Paulo, com a tentativa frustrada de eleger a ex-petista Marta Suplicy como prefeita.
Ocaso
A disputa municipal mostrou ainda o ocaso do grupo político do ex-presidente José Sarney. Em sua terra natal, o governador do Maranhão, Flávio Dino, e seus aliados venceram na maioria das cidades. No Estado pelo qual o ex-presidente se elegia senador, o Amapá, o PMDB também praticamente não cresceu.
No Rio, o partido que atualmente controla a prefeitura com Eduardo Paes, ficou de fora do 2.º turno e diminuiu o número de prefeituras no interior.
Para o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apesar do revés em algumas capitais, o importante é que o partido se manteve como o maior do País. “Pelo conjunto das vitórias fomos bem”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.